Durante audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (16) para prestação de contas do 1º quadrimestre do Governo do Estado, o deputado Élio Rusch (DEM) contestou o percentual gasto com educação e também a dívida do governo com a ParanaPrevidência.“Perguntei ao doutor Nestor Bueno (secretário da Fazenda em exercício) se existe uma dívida do Governo com a ParanaPrevidência. Ele afirmou que não existe. Mas esta informação é contrária àquela demonstrada no balanço de 2007 do fundo previdenciário”, alegou Rusch.Segundo documentos apresentados pelo deputado, ao final do ano passado, os créditos a receber pela ParanaPrevidência chegava a um total de R$ 3,2 bi. “Esses créditos só podem ser dívidas do Estado. Talvez o Estado já as tenha quitado, afinal de contas já se passaram sete meses de 2008. Por conta disto foi apresentado um pedido de informações”, disse Rusch.O pedido de informações foi aprovado no dia 25 de junho. Entre os questionamos realizados, o deputado quer explicações da natureza da dívida com a ParanaPrevidência, que consta no balanço de 2007, além da forma como o governo planeja quitar esse débito.“São algumas perguntas que se fazem necessárias para confrontarmos as informações do balanço. Por enquanto, as dúvidas persistem e são reforçadas pelas declarações do ex-diretor jurídico da ParanaPrevidência, o Francisco Alpendre”, declarou.EducaçãoRusch questionou também os gastos realizados na educação até o momento. O deputado lembrou que no ano de 2007 o governador Roberto Requião enviou uma Proposta de Emenda Constitucional à Assembléia alterando o percentual gasto com educação de 25 para 30%.“Sabemos que o governo tem até o final do ano para gastar todo o valor programado. Mas nos primeiros quatro meses, 6,47% deixaram de ser investidos em educação. Quero saber como é que o governo vai recuperar esse índice nos próximos oito meses”.Segundo os números apresentados na audiência pública, o governo teria investido R$ 918 milhões em educação, perfazendo um total de 23,53%.O parlamentar contestou ainda a inclusão do ensino superior nos gastos. “Os 30% devem ser gastos com o ensino básico e fundamental. É uma questão constitucional, o ensino superior não poderia fazer parte deste percentual. Retirando o ensino superior, o índice gasto será ainda menor do que o previsto em lei”.“O que eu estranho é que a APP/Sindicato que sempre questionou a aplicação correta do percentual não tem se manifestado, questionado e levantado a sua bandeira em favor do ensino público e dos professores do Paraná”, concluiu.