Após participar de reunião de líderes, em nome da bancada de Oposição na Assembléia Legislativa, o deputado Élio Rusch (DEM), concordou o adiamento da discussão da Emenda Constitucional que altera o artigo 210 A da Constituição Estadual, a chamada PEC da Água. Rusch entende que “é preciso discutir amplamente esta questão e procurar esclarecer as dúvidas. E nós não podemos nos omitir neste momento”. Élio Rusch também discutiu a ampliação dos passivos do Governo do Estado e alertou que “as atitudes do atual governador terão reflexos muito negativos no futuro. Esta não é uma opinião isolada nossa. O presidente da Associação dos Procuradores do Estado afirmou que o rompimento de contratos e algumas atitudes unilaterais da administração estadual podem gerar um passivo incalculável”. CONTRATOS O parlamentar lembrou ainda que “alguns passivos já tiveram que ser arcados pelo Tesouro do Estado, como no caso da UEG Araucária. E este preojuizo poderia ter sido evitado, mas o governador, ao invés de aguardar a reversão das ações para a Copel rompeu o contrato e foi acionado na Câmara Arbitral, em Paris. Para não que pagar uma multa de US$ 850 milhões ele teve que sair comprando participações de minoritários por mais de meio bilhão de reais”. Segundo Rusch “esta não foi a primeira e não será a última vez que o Governo é processado por descumprir contratos. Teve a questão dos transgênicos, da Sanepar, da Syngenta, do Porto, além de inúmeras invasões de terra. Aliás, a Justiça já concedeu 72 reintegrações de posse e nenhuma foi cumprida. É claro que os proprietários vão procurar os seus direitos e pedir indenizações e quem vai pagar não é o governador, quem vai arcar com estes passivos é o povo do Paraná”.