O deputado Élio Rusch (DEM), vice-líder da Oposição na Assembléia, sugeriu, nesta segunda-feira (9), que o novo presidente da Paranaprevidência, Munir Karam, determine a realização de uma auditoria nas contas da instituição para verificar a real situação financeira do fundo previdenciário dos servidores estaduais. “Somente com uma auditoria independente é que toda essa história será esclarecida. Espero que o novo presidente apresente números e informações sobre os repasses que deveriam ter sido realizados pelo governo desde 2005”, ressaltou.O receio do vice-líder oposicionista é que ocorra novamente um desvio de finalidade do fundo capitalizado. Rusch lembra que em 1993, durante o primeiro mandato de Requião, o fundo previdenciário da época foi extinto a pedido do governador e o saldo capitalizado foi transferido para o tesouro estadual. “Em 93, o governador usou a maioria da bancada que tinha na Assembléia e aprovou a lei que extinguiu o fundo. Não sou especialista em sistema previdenciário, mas conheço aquilo que aconteceu em 93 e que estamos vendo agora”, alertou. Segundo o parlamentar, o saldo capitalizado da ParanaPrevidência deveria ser de R$ 7 bilhões, mas esse valor não está disponível para o fundo, diante da falta de repasses. “Esse valor é superior ao capital da Copel, a companhia de energia dos paranaenses. É muito dinheiro, e espero que essa questão seja resolvida. Gostaríamos de saber qual é o valor da verdadeira dívida do Estado com o instituto”, bradou.“Conclamamos aos funcionários do Estado que fiquem atentos com a sua aposentadoria. A fiscalização sobre o fundo previdenciário tem que ser rigorosa e se algo estiver errado os responsáveis terão que responder por esse crime de responsabilidade”, concluiu.AçãoO líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB) reafirmou a intenção dos deputados da Oposição de mover duas ações na Justiça contra o governador Requião. Rossoni esclareceu que será uma ação popular para obrigar o governo do estado a fazer os repasses devidos à Paranaprevidência, e também uma representação junto ao Ministério Público para enquadrar o governador em crime de responsabilidade.“Os advogados da Oposição estão analisando a melhor maneira de entrar com essas ações. Iremos verificar também quais os deputados que desejam assinar conosco essas ações. Acredito que até o final desta semana a ação estará pronta para ser protocolada”, afirmou.