O deputado estadual Élio Rusch(DEM) fez pronunciamento nesta segunda-feira na Assembléia Legislativa para atacar a proposta de criação de uma nova Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira(CPMF). Rusch entende que “o Brasil todo foi colhido de surpresa duas semanas atrás quando o Governo Federal voltou a ventilar a instituição de uma nova CPMF. E ainda vem tentando empurrar o desgaste para o Congresso Nacional dizendo que só vão restaurar este tributo se o Congresso instituí-lo. Isso num momento em que há recordes de arrecadação”. Élio Rusch lembra que “no ano passado a sobra de arrecadação foi de perto de 60 bilhões de reais em relação à previsão e este ano, mesmo sem CPMF o governo terá um superávit de aproximadamente 40 bilhões. Pra se ter uma idéia a arrecadação dos primeiros quatro meses de 2008 chegou a R$ 221,495 bilhões, um acréscimo de R$ 24, 907 bilhões em relação ao mesmo período de 2007”. O deputado nota que “mesmo sem arrecadar a CPMF o Governo teve um aumento de arrecadação equivalente a 12% e vem dizer que não precisa mas vai aceitar se o Congresso reinstituir este tributo perverso. Nós acreditamos que o Congresso Nacional não vá se prestar a este papel e que os deputados e senadores não queiram enganar mais uma vez a população”. DESGASTE Na opinião de Rusch “o desgaste das medidas impopulares nunca atinge o presidente Lula, que está blindado, mas ele atingirá em cheio os parlamentares que quiserem recriar a CPMF”. Para Rusch “ o objetivo do Governo está claro, pois se já há excesso de arrecadação ele quer mais dinheiro para gastar mais, pois 2008 é um ano eleitoral. Além disso fique registrado que o Governo não resolve a questão da saúde porque não quer, já que prefere criar milhares de cargos no governo central e usar o dinheiro para acomodar os companheiros”. Finalizando Rusch observa que o governo age como pregava o ex-ministro da Fazenda, o que é bom ele fatura o que é amargo joga no colo do Poder Legislativo”.