O deputado estadual Hermes Fonseca (PT) disse ontem em Curitiba que vai somar forças com a comunidade de Jacarezinho e região na luta contra a cobrança de pedágio na BR-369, próxima a divisa com o estado de São Paulo. O parlamentar promete fazer na semana que vem um contundente pronunciamento denunciando a Econorte – concessionária que explora o pedágio nos trechos – pela instalação de praças de cobrança a partir de aditivos no contrato com o DER (Departamento de Estradas e Rodagem), feitos em 2002, que ele acredita serem ilegais.“É inaceitável que aditivos contratuais realizados no apagar das luzes do governo passado cerceiem o direito de ir e vir da população de Jacarezinho e região”, denuncia Hermes Fonseca, que tem sido um dos deputados mais críticos às privatizações e à cobrança de pedágio nas rodovias paranaenses. Para ele, as praças de pedágios no município são, além de ilegais, imorais. “Pedágio é mais um imposto ilegal, escandaloso e imoral”, sentencia o deputado Hermes, ao lembrar que os usuários das rodovias já pagam a CIDE (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico) e o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). Segundo o parlamentar, os dois impostos somados ao pedágio se constituem numa “tri-tributação”. A Econorte que já explorava o pedágio na BR-369, entre os municípios de Cambé e Jacarezinho, por força do termo aditivo, começou a pedagiar nos últimos anos os veículos que trafegam pela BR-153 e PR- 090. No entanto, a empresa instalou mais outras duas praças de cobrança em Jacarezinho. Uma fica distante da outra apenas um quilômetro. As localidades Ponte Nova e Ponte Velha ficaram com as passagens bloqueadas, o que dificulta a vida e o trânsito dos moradores.O pedágio provocou a divisão geográfica do município de Jacarezinho, pois a ligação do centro com o distrito de Marques dos Reis foi fechada pelas cancelas da Econorte, que exige R$ 7,90 por cada veículo que passar pelo trecho. Também ficou impedido o trânsito de 20 km entre Jacarezinho e Ourinhos (SP). “Essa turma do pedágio deve estar louca. O preço de R$ 7,90 é um verdadeiro assalto aos bolsos da comunidade. O valor não condiz com a realidade econômica e com a crise atual na agricultura provocada pela seca que vem castigando toda a região e o Paraná”.Esmael Moraes041.3350.4283