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Deputado Luiz Eduardo Cheida (pmdb)

A comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa garantiu o comparecimento de representantes de todas as grandes redes de Supermercados do país, assim como da indústria do plástico em audiência pública realizada, nesta terça-feira (26). A idéia é foi discutir a obrigatoriedade dos supermercados apresentarem alternativas às sacolas plásticas convencionais.“A nossa intenção é esclarecer a eficiência das sacolas oxi-biodegradáveis e regulamentar o seu uso. Temos um Projetod e Lei que há um ano tramita na Assembléia e enquanto isso, milhares de redes (de supermercados e lojas) já estão fazendo a sua parte para reduzir o passivo ambiental”, declarou o presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente, deputado estadual Luiz Eduardo Cheida. Compareceram à audiência representantes do grupo Carrefour Brasil, VWS Supermercados Brasil; presidente executivo da Plastivida, Companhia Brasileira de Distribuição, Associação Paranaense de Supermercados (Apras) e Sindicato da Indústria de Material Plástico do Paraná.O diretor de Relações Institucionais da Companhia Brasileira de Distribuição – que abrange o Grupo Pão de Açúcar e Extra, Marcio Milan, disse que as lojas da rede em Curitiba são as mais preocupadas com a substituição das sacolas.“Em nenhuma outra capital do país há tamanha preocupação com a sacola plástica”, afirmou. Sobre a polêmica em relação à obrigatoriedade do uso do material oxi-biodegradável, tecnologia que garante a decomposição do plástico em até 18 meses, o diretor confirmou que nunca houve pressão por parte do governo para o uso de determinado tipo de material. “Sempre soubemos que o que se pedia era uma alternativa ao plástico e é isso que estamos buscando”, relatou.A vice-presidente de Assuntos Coorporativos da VWS Supermercados do Brasil - que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama - Daniela Di Fiori, alegou que a rede já reduziu em 25% os resíduos gerados. “Foram 150 mil sacolas disponibilizadas em São Paulo e no Paraná no último ano e queremos investir mais em campanhas de esclarecimento e informação”, destacou Daniela. Segundo ela, nas lojas da rede os operadores de caixa já não permitem mais que o cliente leve para casa o número de sacolas que deseja.“Temos a disposição de reduzir os resíduos, mas leva tempo para conseguirmos uma mudança de hábito”, argumentou Daniela que representa uma das redes autuadas em R$70 mil/dia pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), por não apresentar o Plano de Gerenciamento de Resíduos. Assim como a VWS Brasil, o Carrefour e a Companhia Brasileira de Distribuição também vem sendo autuados desde o dia 1o de abril deste ano, sendo que a multa já totaliza R$ 8 milhões. O presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Paraná (SIMPEP), Dirceu Galléas, destacou que o debate é válido. “Pela primeira vez eu vejo uma preocupação muito grande numa tomada de decisão e principalmente no que pode ocorrer lá na frente. Não somos contra qualquer tipo de tecnologia avançada, nós somos contra assumir um passivo que não é nosso” afirma. Galléas acredita que a solução é aumentar a coleta seletiva. “Hoje a indústria de reciclagem do Paraná está importando dos outros estados material reciclável. Se houver uma coleta seletiva maior, automaticamente nós temos o consumo garantido”. Objetivo – O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, disse estar satisfeito com a repercussão das ações, mas garantiu que as multas continuarão sendo aplicadas já que as iniciativas não foram apresentadas oficialmente ao Ministério Público do Paraná e governo. Além disso, Rasca falou que o objetivo do debate é dar subsídios para que a Assembléia Legislativa regulamente o fim do uso da sacola plástica convencional.“Temos 36 estudos que apontam a tecnologia oxi-biodegradável como a melhor opção no momento para o meio ambiente, pois faz com que o plástico se degrade, tirando essa ocupação espacial dos aterros sanitários e contribuindo para que as empresas que processam tenham maior eficiência no sentido de recolher”, declarou o secretário.Ele lembrou que, a discussão ainda está em pauta porque as empresas não estão fazendo o que a legislação determina. “Ou seja, recolher o lixo que elas geram. A sacola plástica depois de utilizada é lixo e quem é responsabilizado pelo recolhimento é de quem fabrica, de quem fornece a matéria-prima e quem a utiliza comercialmente. Com isso vamos parar de gerar passivo ambiental para as futuras gerações”, enfatizou Rasca.Já o presidente executivo da Plastivida, Franscisco de Assis Esmeraldo diz que a sua entidade tem um estudo provando a ineficiência do material oxi-bio. Após esta informação o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, pediu que a Plastivida apresente o estudo à SEMA e a casa de leis.O deputado estadual Claiton Kielse foi o autor do requerimento que solicitou a audiência pública e também participou do da discussão.
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