Dez por cento é apenas uma reposição, criticou ontem o deputado Marcelo Rangel. Ele disse que “infelizmente os professores só ganham aumento salarial em ano eleitoral. Não são valorizados como deveriam. Mesmo que representem 60% entre os servidores públicos e apenas 25% da folha de pagamento de todo o Estado”.Rangel lembrou que os deputados da oposição fizeram uma proposta melhor para os educadores no começo do ano, “mas emendas da bancada de oposição foram recusadas.” O deputado se referiu aos pedidos iniciais de 19%, 15% e até 10% solicitados na época e que acabaram perdendo na votação, sob o pretexto de que o governo não poderia garantir esses percentuais, fixando em apenas 5% o aumento do funcionalismo.Então o deputado optou pela revisão fixada pelo governo, atendendo apelos da categoria, que não quer esperar mais tempo para ter novos avanços. “Por mais que ainda seja defasada, os professores entendem, pela sua representação que o aumento deve ser aprovado”, disse o deputado Rangel.No entanto, Rangel lembrou que o sonho é “a isonomia salarial. Um professor que está hoje começando a sua carreira ganha em torno de R$ 1.5 mil, enquanto que um servidor público com o mesmo nível de escolaridade já atinge os R$ 2,1 mil. O certo seria a isonomia, o certo seria 38% de reajuste”. Se isso é difícil, ponderou o deputado, “nossa batalha ainda tem que continuar, neste ano eleitoral”, lembrando que os novos prefeitos e vereadores precisam priorizar o compromisso com as categorias injustiçadas, como a dos professores e policiais.