Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

Deputado Péricles de Mello (pt)

Os pescadores artesanais que vivem no litoral do Paraná tiveram as suas reivindicações atendidas pelo Estado para mudar os termos da Resolução 060/2008 que limitavam a pesca dentro das baías de Guaratuba, Antonina, Guaraqueçaba e Paranaguá. O deputado estadual Péricles de Mello (PT) defendeu os interesses da categoria durante audiência realizada na segunda-feira, dia 2, com o secretário de Meio Ambiente do Paraná, Rasca Rodrigues. Segundo Péricles, depois de debater o assunto amplamente, a secretaria vai estudar reduzir as distâncias proibitivas, mas já ficou definido que no caso das ilhas Itacolomi e dos Currais, localizadas em mar aberto, deverá ser respeitada a distância mínima de 50 metros a partir das encostas das ilhas. Deve ser definida também a distância mínima de 10 metros a partir das encostas rochosas do litoral paranaense. A limitação dos 10 metros segue o que determina a Portaria Federal 12 de 20 de março de 2003, baixada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Na semana passada, o secretário Rasca determinou a suspensão temporária do inciso I do artigo 4º da Resolução que proibia a pesca a uma distância mínima de 100 metros a partir da costa paranaense e de áreas próximas às ilhas das baías. Sobre a pesca do robalo, de que trata a Resolução, deve ser extinto o tamanho máximo para a pesca artesanal do peixe, permanecendo, no entanto, o tamanho mínimo. A Resolução 060/2008 especificava o tamanho máximo de 50 e 70 centímetros para a captura do robalo-peva e robalo-flexa, respectivamente. Péricles explica que a secretaria vai considerar as particularidades de cada ilha do Litoral, inclusive as que estão em mar aberto, para delimitar as áreas para pesca. De acordo com a secretaria de Meio Ambiente, a nova Portaria com as especificações proibitivas deve ser assinada na próxima semana.“Trata-se de uma solução de longo prazo, que foi tomada em comum acordo com os pescadores, respeitando a defesa ao meio ambiente e os interesses da pesca esportiva e do turismo regional”, esclarece o deputado. “Como estava redigida, a resolução inviabilizava completamente o trabalho dos pescadores artesanais, comprometendo a única fonte de renda de cerca de 10 mil famílias na região.” De acordo com o presidente da Colônia de Pescadores de Guaratuba, Álvaro Cunha, essas novas medidas dão mais liberdade aos pescadores artesanais. “Estávamos praticamente impedidos de tirar o nosso sustento do mar”, afirma. Participaram da audiência representantes das colônias de pescadores de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná, pescadores esportivos, além de representantes da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP) no Paraná, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Ibama.ValorizaçãoEm pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, na terça-feira, dia 3, Péricles disse que a atividade dos pescadores artesanais, muitas vezes, sofre preconceito por estar ligada a pessoas simples. Para o deputado, valorizar a identidade de um povo e a singularidade de cada lugar também traz benefícios para os moradores e incentiva o turismo local. O deputado disse ainda que a comunidade de pescadores precisa ser reconhecida como classe produtiva. “Acredito que começamos a estabelecer um avanço na relação entre governo do Estado e os pescadores artesanais do Litoral”, destaca. Péricles levou outros pleitos dos pescadores para a Assembleia. Em 2007, o deputado conseguiu junto ao IAP uma licença para a pesca da tainha, em uma área antes proibida dentro da Baía, nos meses de junho e julho, período de maior abundância do peixe. Também está em curso a operacionalização da lei estadual que vai conceder subsídio de até 24% sobre o óleo diesel utilizado nas embarcações.
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação