Deputado Romanelli (pmdb)

27/07/2009 16h10 | por 41 3350-4120
Luiz Claudio Romanelli* Entre 80 mil e 120 mil fumantes morrem anualmente no Brasil em decorrência de seu vício. O país gasta cerca de R$ 500 milhões anuais com as doenças provocadas pelo fumo. Esses dados são suficientes para nos convencer que o tabagismo há muito saiu da esfera das escolhas individuais e passou a ser um problema grave de saúde pública. É uma ilusão perigosa acreditar que a opção de um jovem pelo tabaco (80% dos fumantes começam antes dos 18 anos) ocorre simplesmente por livre arbítrio. Há toda uma engrenagem montada para a sedução dos jovens, com estratégias variadas que consomem milhões e milhões. Estranho seria se a sociedade, que no fim das contas é quem paga a conta, se eximisse do direito de defender-se. Essa autodefesa significa aumentar o cerco ao tabagismo, com o objetivo de diminuir paulatinamente o número de fumantes e restringir drasticamente o número daqueles que se iniciam no vício. O que, em outras palavras, quer dizer impor a supremacia do interesse público a um pretenso direito individual. A Assembleia Legislativa do Paraná deve votar em breve um substitutivo-geral a quatro projetos de lei que proíbem o consumo de tabaco em ambientes fechados em todo o estado. Os projetos, de autoria dos deputados Stephanes Júnior, Antonio Belinati e de mim próprio, foram reunidos pelo deputado Reni Pereira, autor do substitutivo, que inclui a proposta do governador Requião de multa de quase R% 6 mil para que descumprir a lei. Por que a proibição? Esta questão foi debatida na audiência pública realizada no início de junho pela Comissão de Saúde da Assembléia. Os representantes da indústria do fumo bateram-se pela instalação de fumódromos em bares, restaurantes e demais ambientes fechados. Essa posição foi combatida e refutada pelos especialistas da área de saúde, para os quais o combate ao tabagismo deve incluir necessariamente ações educacionais, que incluem a prevenção junto às crianças e jovens, o estímulo ao abandono do vício e a ampliação aos locais livres do cigarro. Não cabem meias medidas, muito menos a glamurização dos fumódromos. Um dos focos da campanha antitabagista é a defesa da saúde das mulheres, mais sensíveis às conseqüências do vício. Grávidas fumantes têm 70% mais chances de ter um aborto espontâneo, 30% mais chances de perder o filho perto ou depois do parto, 40% mais chances de um parto prematuro e chances totais de ter um bebê abaixo do peso normal, sem contar que o cigarro associado aos anticoncepcionais aumenta em dez vezes o risco de infarto e derrame cerebral. Quanto aos jovens, está claro que constituem a parcela da população que mais interessa à indústria do fumo, em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde considera o tabagismo uma doença pediátrica, pois 90% dos fumantes começam antes dos 18 anos. Atento a este problema, o presidente norte-americano Barack Obama assinou uma lei proibindo cigarros com sabor. Por quê? Porque os sabores adicionados ao cigarro (chocolate, baunilha, menta, licor e outros) constituem uma das estratégias da indústria para aliciar os jovens como consumidores. A sociedade vem reagindo. Em conseqüência, a porcentagem de fumantes vem caindo consideravelmente. Porém, ainda há muito a fazer. O cerco ao tabagismo precisa aumentar. Luiz Claudio Romanelli, advogado, especialista em gestão urbana, deputado estadual, vice-presidente do PMDB do Paraná e líder do Governo na Assembleia Legislativa

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