Deputados Criticam ‘exploração’ de Concessionária

16/09/2005 18h45 | por Zé Beto Maciel
Os deputados estaduais, com base no Oeste do Paraná, criticaram nesta sexta-feira (16) a concessionária Rodovia das Cataratas que explora trecho de 459 quilômetros da BR-277 entre Guarapuava e Foz do Iguaçu. “É mais um absurdo que se comete. Como podem descumprir uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que determinou a suspensão da cobrança, acabando com o pedágio no Oeste do Paraná”, reagiu o deputado Dobrandino da Silva (PMDB).“Já conversei com o procurador do Estado (Sérgio Botto de Larceda) e ele recorreu dessa liminar que autorizou a volta da cobrança. Nova decisão do STJ deve sair nos próximos dias. Enquanto isso a população do oeste continua sendo penalizada e explorada por essa concessionária. Seu representante alega prejuízos de R$ 200 mil por dia – isso vai dar R$ 6 milhões no mês e R$ 72 milhões no ano. Só neste trecho”, continuou Dobrandino.PROJETO DE LEI - O deputado Artagão Júnior (PMDB) caracterizou também como absurda a decisão que garante volta da cobrança no trecho. Para o deputado, da região de Guarapuava, a decisão prejudica exclusivamente os milhares de motoristas que utilizam o trecho, principalmente os caminhoneiros, que ao passarem pelas cinco praças, deixarão nos cofres da Rodovia das Cataratas, mais de R$ 120,00.Artagão Júnior protocolou na semana passada, projeto de Lei que proibirá a cobrança em duplicidade pelo prazo de 24 horas. A idéia é amenizar o lato custo cobrado pelas várias empresas que exploram o pedágio nas rodovias do Paraná.Como forma de coibir os abusos, o deputado apresentou projeto de lei que proíbe a duplicidade de cobrança de pedágio na mesma praça em um prazo inferior a 24 horas.COBRANÇA INDEVIDA - O deputado Reni Pereira (PSB), além de considerar o valor da cobrança abusivo, afirma que os usuários estão pagando pedágio para uma rodovia duplicada, o que não acontece na BR-277 entre Medianeira e Guarapuava. Dos 459 quilômetros do trecho, apenas 60 são duplicados.“A concessionária já recebeu a duplicação entre Foz e Medianeira e no contrato previa a duplicação entre Medianeira e Cascavel, o que ainda não aconteceu. O valor do pedágio cobrado não é compatível com o serviço oferecido, ou seja, cobram pedágio de uma rodovia duplicada enquanto o trecho só tem, na sua maior parte, pista única”, cobra Pereira.O deputado Duílio Genari (PP), da região de Toledo, os valores cobrados nas praças da BR-277 no Oeste “são muito elevados, refletem negativamente na economia do Estado, causando prejuízos à população como um todo”. “Apoiamos a luta do governador contra o pedágio”.Genari afirma que somente uma cooperativa do Oeste gasta R$ 133 mil por mês em pedágio e que o valor cobrado já ultrapassa a 25% do valor do frete. “Essa cooperativa tem 194 caminhões e sofre com o pedágio nas nove praças da BR-277 entre Medianeira e Paranaguá”.“É um desrespeito à população do Paraná que usa a rodovia todos os dias e não tem outra alternativa de acesso entre uma cidade e outra no oeste. Isso é um assalto e a guerra ainda não acabou”, reagiu o deputado Mário Sérgio Bradock (PMDB).Bradock faz um comparativo entre os preços praticados pela Rodovia das Cataratas e o cobrado nas rodovias pedagiadas na Argentina – fronteira com o Brasil. “Um caminhão, de seis eixos, paga R$ 10,40 no pedágio na Argentina e o mesmo caminhão paga R$ 28,80 por praça nos pedágios da BR-277”.SETOR PRODUTIVO - Para o deputado Elton Welter (PT), da região de Toledo, a população do oeste “quer um preço justo” que não afete “o setor produtivo”. “Há que se encontrar mecanismos para que a concessionária pratique valores mais adequados com a nossa realidade”.Welter usou um exemplo de um comerciante de Santa Terezinha de Itaipu. Ibanez de Castro tem duas lojas de confecção – uma em Santa Terezinha de Itaipu – e outra em Medianeira. “Seu gasto com pedágio ultrapassa a R$ 600,00 por mês, o que é muito para o comerciante”.O deputado Chico Noroeste (PL) disse que estará apoiando “toda e qualquer medida que venha reduzir o preço do pedágio praticado na BR-277”. “Reconheço o esforço do governador em romper com esse contrato que considero aviltante e estarei apoiando essa luta (pela redução das tarifas)”, adiantou. Noroeste defende a revisão dos contratos e que se acrescente estradas alternativas na região. “Sem essa condição se fere o direito constitucional básico que o de ir e de vir”.Liderança de GovernoZé Beto Macielzbm@fnn.net - 41-33504191

Agenda

TRAMITAÇÃO DE PROJETOS

LEIS ESTADUAIS

PROJETOS PARA JOVENS

  • Visita Guiada
  • Geração Atitude
  • Parlamento Universitário
  • Escola do Legislativo
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação