Dezembro Laranja é lançado na Assembleia com o slogan “Seu Sol, Sua Pele, Sua Proteção" Campanha de conscientização sobre o câncer de pele é instituída pela Lei estadual nº 18.829/2016, de autoria do deputado Anibelli Neto (MDB).

04/12/2023 16h57 | por Antônio Dilay
Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira contou com a participação do dermatologista Gerson Dellatorre.

Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira contou com a participação do dermatologista Gerson Dellatorre.Créditos: Orlando Kissner/Alep

Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira contou com a participação do dermatologista Gerson Dellatorre.

Por proposição do presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Social da Assembleia Legislativa, deputado Anibelli Neto (MDB), o “Dezembro Laranja”, instituído pela Lei estadual nº 18.829/2016, tem por objetivo conscientizar os paranaenses sobre a doença, uma das mais incidentes no Brasil.

Para tanto, no horário do Grande Expediente da Sessão Plenária desta segunda-feira (04), o deputado Anibelli convidou o médico dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, membro Internacional da Academia Americana de Dermatologia e preceptor da Residência Médica no ambulatório de Oncologia Cutânea da Santa Casa de Curitiba, doutor Gerson Dellatorre para um pronunciamento em atenção à campanha Dezembro Laranja 2023, cujo lema deste ano é: "Seu Sol, Sua Pele, Sua Proteção".

O deputado comentou sobre a importância da conscientização e prevenção do câncer de pele, o tipo de câncer que mais leva a óbitos no país. “Iniciamos oficialmente o Dezembro Laranja, representando nosso compromisso com a saúde da população. Aprovado pela Lei estadual nº 18.829, de 2016, o Mês Dezembro Laranja, fruto de nossa iniciativa parlamentar, concentra-se em ações preventivas e conscientização sobre o câncer de pele. A necessidade de prevenção, especialmente entre crianças e idosos, deve ser constante, e dedicar um mês a isso busca aumentar a visibilidade do problema e a cada ano que passa procuramos atualizar os dados e ressaltar a importância da prevenção".

A líder do Bloco Parlamentar Temático da Saúde Pública, deputada Márcia Huçulak (PSD), afirmou que “as iniciativas que ampliem o conhecimento sobre prevenção de doenças são bem-vindas. Quando as informações corretas chegam às pessoas a prevenção ocorre de maneira mais eficiente”.

O presidente da Comissão de Saúde Pública da Assembleia, deputado Tercilio Turini (PSD) afirmou que “o câncer de pele é evitável na maioria das vezes. Como sabemos que ficar muito tempo no sol é um grande risco, devemos tomar todas as precauções principalmente nesta época do ano em que muita gente tira férias, vai para praia ou aproveita piscina. Tem que usar protetor solar, colocar boné na cabeça e evitar horários críticos, como das dez horas até quatro da tarde. Nem sempre a pessoa percebe que está desenvolvendo um câncer de pele, então os cuidados são fundamentais. E se surgir qualquer mancha estranha, procurar médico imediatamente”.

Como médico com experiência de mais de 30 anos trabalhando no Hospital Universitário de Londrina, Turini relata que acompanhou inúmeras situações de pacientes que se recolhiam e sentiam vergonha até de sair de casa por causa das consequências do câncer de pele. "Muitas vezes é necessário extirpar as células doentes e fazer enxerto no local do ferimento. Aí a pessoa fica insegura, acha que está deformada. Por isso, a prevenção é essencial para evitar a doença. Essas ações da Assembleia contribuem bastante para alertar a população e informar sobre riscos e medidas preventivas", reforça o deputado Turini.

O câncer da pele é o câncer mais comum entre os brasileiros, representando 33% de todos os diagnósticos da doença. Ele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e pode ser subdividido em diferentes tipos: Carcinoma basocelular – CBC (Mais prevalente e surge mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas; Carcinoma espinocelular – CEC (Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço) e o Melanoma (O menos frequente dos cânceres da pele, com o mais alto índice de mortalidade. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente).

Cuidados preventivos

O doutor Gerson Dellatorre falou na Sessão Plenária e destacou os cuidados preventivos como a melhor forma de curar este tipo de patologia. “O cenário atual é de aumento anual do número de casos de câncer de pele. Este é o câncer do ser humano mais frequente. Ele está à frente do câncer de cólon, de mama, de estômago, por exemplo. E, especialmente aqui na região do Sul, hoje a gente tem uma incidência bem elevada desse tipo de câncer. Estar aqui na Assembleia tem muita importância para reverberar essa bandeira do dezembro laranja, para conscientizar a população sobre a importância da prevenção. É um câncer de pele altamente prevenível. Uma vez que a exposição solar é o principal fator, vale muito a pena bater nessa tecla de evitar a exposição solar exacerbada, principalmente na nossa população aqui. Uma população majoritariamente branca, que justamente a pele branca é a que vai sofrer mais disso. Apesar de que qualquer tonalidade de pele pode ter câncer de pele, a pele branca é a que mais tem incidência desse tipo de lesão. Então, a gente sempre bate na tecla da prevenção agora no início do verão, justamente a época de maior incidência de raios solares, para fazer com que a população se eduque quanto a evitar a exposição exagerada”.

A Secretaria da Saúde acompanha os casos no Paraná e faz o alerta para o aumento de procedimentos cirúrgicos em oncologia para câncer de pele, que passaram de 3.146 em 2020, para 3.414 neste ano (até novembro). Nos atendimentos ambulatoriais, o aumento foi maior, cerca de 27,4%, de 635 para 809. Os dados são do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) e do Sistema de Informação Hospitalar (SIH), do Sistema Único de Saúde.

Sintomas

Os sintomas da doença são manchas na pele, pintas ou sinais que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. Ao observar algumas dessas alterações, é muito importante procurar o serviço de saúde, onde será realizado exame clínico e investigação diagnóstica. É preciso ficar atento ao próprio corpo e acompanhar o aparecimento ou crescimento de pintas e sinais na pele podem ajudar no diagnóstico precoce.

Dois dos principais cuidados são evitar a exposição excessiva à radiação solar, principalmente entre 10h e 16h, e utilizar o filtro solar. Mas existem outras atitudes que podem ajudar na diminuição dos números de casos, tais como:

  • Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares.
  • Cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas.
  • Evitar a exposição solar.
  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
  • Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou de diversão.
  • Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
  • Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
  •  Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
  • Os trabalhadores que estão expostos à luz solar direta devem redobrar os cuidados com a pele.

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