O governador Roberto Requião lembrou nesta quinta-feira (22) o empenho dos deputados estaduais na votação do decreto legislativo que determinou o fim do pacto de acionista da Sanepar. “O Paraná está investindo R$ 1,3 bilhões em saneamento básico e agora tem o aval da Assembléia Legislativa que sustou o pacto que previa a distribuição de 50% dos lucros entre os acionistas”, observou Requião durante assinatura da ordem de serviço para conclusão de uma estação de tratamento de esgoto em Foz do Iguaçu. A Assembléia Legislativa, através de votação unânime dos deputados, anulou o pacto que condicionava o comando da Sanepar ao grupo Dominó - detentor de apenas 39,7% das ações da empresa. Em 2003, o Estado conseguiu reverter a situação na Justiça e, desta forma, a empresa pôde implantar programas sociais e atender a comunidades sem ter como o objetivo principal o lucro. Requião cumprimentou os deputados Dobrandino da Silva (PMDB) e Reni Pereira (PSB) - presentes no ato da assinatura. “Os deputados estaduais corrigiram um erro histórico levado pelo último governo que não investiu absolutamente nada em oito anos”, disse Requião. Dobrandino da Silva, líder do Governo na Assembléia, afirmou que os deputados estaduais reconhecem a função pública que a Sanepar. “No seu primeiro governo, Requião levou água tratada em todos os municípios paranaenses. Agora, a Sanepar está implantando a coleta e o tratamento de esgoto na maioria das cidades”. O deputado destacou que em Foz do Iguaçu, a Sanepar está construindo 123 quilômetros de rede de esgoto em investimentos que ultrapassam R$ 11 milhões. Desse montante, a empresa anuncia nos próximos dias a licitação para execução de 32 quilômetros de rede de esgoto. Nos planos para 2006, segundo o deputado, está a execução de mais 75 quilômetros de rede de esgoto num investimento superior R$ 5,5 milhões. “Teremos mais de 80% do esgoto de Foz coletado”, ressalta. Dobrandino apontou ainda que nas cidades de Santa Terezinha de Itaipu e São Miguel do Iguaçu, a Sanepar vai executar duas estações de tratamento de esgoto e a extensão 30 quilômetros da rede coletora. Em Santa Terezinha, a ETE e implantação de 20 quilômetros de rede custarão R$ 3,3 milhões. E em São Miguel, a ETE e outros 10 quilômetros estão orçados em R$ 2 milhões. No total, serão feitas 10 mil novas ligações de esgoto. Segundo o deputado, as licitações para essas duas obras aguardam ainda liberação de recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) através da Caixa Econômica Federal. Os convênios já foram firmados entre o Governo do Estado e o banco.“São melhorias que vão alçar as cidades do oeste como às do primeiro mundo em termos de coleta e tratamento de esgoto”, destacou.