Se até pouco tempo era difícil para o doente celíaco comer fora de casa, hoje em dia já não é tanto assim. Adriana Ferrarini, que, além de ser portadora, descobriu que os dois filhos gêmeos Felippo e Pietro, de 9 anos, também são, diz que consegue sempre encontrar produtos sem glúten nos estabelecimentos comerciais.
(Sonora)
É que depois que os especialistas passaram a chamar atenção para a doença e a população descobrir que retirar o glúten do dia a dia pode fazer bem à saúde, muitos estabelecimentos comerciais começaram a vender e até a produzir alimentos sem a proteína. Ano passado, os parlamentares aprovaram uma lei, de autoria da deputada Cláudia pereira (PSC) que institui no Paraná o Selo Sem Glúten. E foi para falar dele, que está sendo regulamentado pelo governo, que Cláudia Pereira convidou a chefe da Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria da Saúde, Karina Ruaro de Paula, para participar do evento que comemorou o Dia do Celíaco na manhã desta sexta-feira (19) no Plenário da Casa.
A especialista explicou que será assinado um decreto para estabelecer as diretrizes para que se atenda às exigências da lei e que serão criados dois tipos de selo: um para os que comercializam produtos com e sem glúten e outro para o local que vende 100% dos produtos livres da proteína. Nesse caso, porém, o dono terá que garantir que não há contaminação cruzada, “uma transferência de traços ou partículas de glúten de um alimento para outro, diretamente ou indiretamente”. A contaminação cruzada pode ocorrer durante o plantio, colheita, armazenamento, beneficiamento, industrialização, transporte ou manipulação de alimentos. Quem vai emitir o selo é a própria vigilância, que também será responsável pela fiscalização. A validade será de um ano. Cláudia Pereira diz que o importante é que as pessoas identifiquem os estabelecimentos que vendam ou até que produzam alimentos sem glúten para terem opções no dia a dia.
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Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.