Governo Esvazia Sessão que Votaria Fim do Nepotismo

29/03/2006 10h42 | por Jornalista Miguel Ângelo
A bancada governista conseguiu esvaziar a votação da PEC 040/05, de autoria do deputado Tadeu Veneri (PT), que proíbe a prática do nepotismo (contratação de parentes no setor público). A pauta de votação também incluía a apreciação do veto do governador nº 459/05, que trata de alterações na função de despachante de trânsito. A sessão caiu por falta de quorum.Os catorze deputados do PMDB não pisaram no plenário, atendendo ordem do governador Requião, conforme foi apurado pela oposição. Nem o deputado José Maria Ferreira, que foi o relator da matéria, se fez presente. Parlamentares do PTB e do PP também não deram as caras.A sessão foi tumultuada já que despachantes e professores, mobilizados pela APP Sindicato, lotaram as galerias. Houve tumulto quando a dirigente do Sindicato dos Bancários, Marisa Stédile bateu boca com o deputado Neivo Beraldim (PDT), sobre a CPI do Banestado. Os trabalhos foram suspensos por 30 minutos.Plenário esvaziadoFoi feita a inversão de votação, passando o veto dos despachantes para o primeiro item da pauta, mas como havia só 28 parlamentares presentes, os deputados optaram por esvaziar o plenário, deixando a apreciação do veto ao projeto dos despachantes e da lei contra o nepotismo para as próximas sessões.Até então, parlamentares de oposição e do bloco independente se alternavam na tribuna, com o objetivo de manter a sessão, uma vez que não havia margem para a votação da PEC anti-nepotismo. Por se tratar de uma emenda à Constituição, a matéria exigia 33 votos favoráveis em dois turnos para garantir a sua aprovação. O total de deputados no plenário chegou a 28, suficiente para garantir a votação, mas insuficiente para aprovar a PEC.Vergonha“Que vergonha de ser deputado!”, bradou o deputado Barbosa Neto (PDT). “Cadê o velho MDB de guerra?”, provocou o pedetista. Ele fez um discurso ácido contra as ações do governo Requião. “Governador mentiroso! “Deu aumento de 126% para os secretários e não quer dar 56% de aumento para os professores”, criticou.O líder da bancada de Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB), propôs a retirada da matéria da ordem do dia e esperar uma oportunidade melhor. Para a Oposição, estava claro que quanto mais o governo manobre para evitar a aprovação da lei contra o nepotismo, maior será o desgaste, uma vez que toda a sociedade paranaense tem conhecimento que o governador Requião emprega 26 parentes no governo.O deputado Durval Amaral (PFL) nominou um por um dos presentes. “Não adianta nós infligirmos aqui uma derrota para o governo e ao mesmo tempo a sociedade sair derrotada”, comentou. Ele criticou a postura dos parlamentares ausentes: “irresponsável aquele que se ausenta do plenário para não dar quórum a esta sessão”, disse.O líder do PSDB, deputado Ademar Traiano, disse que a oposição nunca fugiu da raia, mesmo quando as matérias são áridas. “Este governador não é democrata, é um ditador”, disse. Para o líder do PFL, deputado Plauto Miró Guimarães, está claro que houve articulação do governador para esvaziar a sessão e evitar que fossem derrubados os vetos dos despachantes e a lei contra o nepotismo. AusentesDeputados ausentes na sessão plenária em que seria votada a PEC contra o nepotismo: PMDB PL ADEMIR BIER CHICO NOROESTE ANTONIO ANIBELLI PSDB ALEXANDRE CURI FRANCISCO BUHRER ARTAGÃO JUNIOR LUIZ ACCORSI CESAR SELEME LUIZ NISHIMORI CLEITON KIELSE MILTINHO PUPPIO DELEGADO BRADOCK NELSON GARCIA DOBRANDINO SILVA PP ELZA CORREIA CIDA BORGHETTI GERALDO CARTÁRIO DUÍLIO GENARI JOSÉ MARIA FERREIRA MAURO MORAES NEREU MOURA RAFAEL GRECA PFL NELSON JUSTUS PT HERMES FONSECA PTB CARLOS SIMÕES JOCELITO CANTO

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