Em audiência, nesta quarta-feira (31), na Secretaria de Estado da Saúde - SESA, a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) solicitou informações técnicas sobre o andamento da obra do Hospital Regional do Sudoeste do Paraná, que está sendo construído em Francisco Beltrão, bem como da previsão do órgão para o funcionamento de fato desse hospital. A deputada Luciana se reuniu com o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde, Irvando Luiz Carula, com o Chefe do Departamento de Gerência dos Hospitais Próprios, Antônio Francisco Peixoto, e com a chefe de divisão, Maria da Graça Ventura.A previsão é de que o HR do Sudoeste comece a funcionar até o final do primeiro semestre do ano que vem. Atualmente, a obra depende da conclusão do projeto de tratamento do esgoto sanitário no local, que está sendo realizado pela Sanepar e esse trabalho tem prazo até fevereiro de 2008 para ser concluído. Nos próximos dias, a Secretaria da Saúde pretende submeter ao governador do Estado, Roberto Requião, as decisões referentes ao modelo de gestão que será adotado. Também e a partir desse desenho, serão tomadas decisões quanto à formalização de parcerias entre o estado, municípios e com entidades filantrópicas, do que resulta todo o processo de contratação do quadro de pessoal. A deputada Luciana recebeu a informação de que o procedimento relativo à infra-estrutura e aquisição de equipamentos já se encontra publicado em Diário Oficial e está em fase de licitação.Só a obra do HR do Sudoeste tem um custo de pouco mais de R$ 14 milhões. Somam-se ao empreendimento as despesas que virão da aquisição de equipamentos e de custeio do hospital. A área do HR do Sudoeste é de 12.236 m² e deverá abrigar 120 leitos de enfermaria, 20 UTIs para atendimento de pacientes adultos e 10 UTIs neonatais. Ele contará também com 8 unidades de cuidados intermediários e mais 2 UTIs pediátricas. O atendimento no HR do Sudoeste será de média e alta complexidades. Ele funcionará como um Hospital Geral, de pronto-socorro, que oferecerá, ainda, algumas especialidades de alta complexidade nas áreas de neuro e ortopedia, à medida em que esses serviços forem sendo credenciados junto ao Ministério da Saúde. Pretende ser excelência no tratamento de traumas, em pediatria, ginecologia e obstetrícia. A previsão é de que o HR seja capacitado para a realização de cirurgias neurológicas, para o atendimento de demandas em oncologia, em ortopedia com o uso de próteses e na realização de diagnóstico por imagens (como tomografia e arteriografia).Quadro de Pessoal – Um primeiro esboço na área de recursos humanos dimensiona que o HR do Sudoeste vá demandar a contratação de aproximadamente 600 profissionais: 25,5% de nível superior (entre estes, cerca de 100 médicos), 50,4% de nível médio e pouco mais de 30% de nível fundamental e para serviços de almoxarife. Os leitos de UTI necessitarão também da contratação dos chamados “intensivistas” e de profissionais altamente qualificados para cada uma das especificidades de atendimento. Tão logo se decida sobre o modelo de gestão do hospital, será possível prever a forma de contratação do pessoal: o que será assumido pelo Estado e o que será preenchido no quadro por meio de parcerias. Ainda assim, a secretaria prevê que vá encontrar alguma dificuldade para suprir a demanda por profissionais altamente qualificados na região. E essa é uma reclamação constante também das prefeituras dos municípios do interior, que não conseguem preencher as vagas existentes para profissionais de nível superior. Na medicina, esse problema se agrava, pois faltam médicos especialistas que optem por viver longe dos grandes centros urbanos. “Esse é um desafio que pretendemos vencer. Vamos atrás dos profissionais até conseguir completar o quadro e atender à demanda regional”, afirma o superintendente Irvando Carula.