Liderança de Governo - Deputado Luiz Claudio Romanelli (pmdb)

07/10/2008 14h51 | por Zé Beto Maciel/Luiz Filho/Daniel Abreu/Casemiro Linarth/Roberto Salomão / h2foz@hotmail.com – contato@luizromanelli.com.br / www.luizromanelli.com.br
Um balanço necessárioLuiz Cláudio Romanelli* Os resultados das eleições municipais deste domingo mal estavam finalizados e já tomava conta de todos a vontade irrefreável de efetuar um balanço dos resultados. No caso de desfechos desfavoráveis, a tendência é a dispersão, cada qual tirando as conclusões que melhor lhe cabem, até que se impõem pela necessidade algumas análises aglutinadoras. Meu objetivo com este artigo é oferecer algumas reflexões, principalmente para os militantes de partidos de esquerda, que possam servir de base para a ação. Há dias publiquei uma defesa da reforma política, detalhando diversos elementos que, a meu ver, devem ser discutidos com certa urgência no sentido de aprimorar o processo democrático no Brasil. Entre esses pontos, alguns caem como uma luva no balanço que acredito necessário dessas eleições. Um exemplo é o financiamento público das campanhas e a necessária transparência das contas dos candidatos. Não é um fato que este ano as campanhas ficaram ainda mais caras e que o poder econômico se fez sentir em toda a sua assustadora plenitude? Em contrapartida, aqueles candidatos e partidos que não dispuseram de fundos viram sua votação minguar. É o caso de inúmeros candidatos a vereador que tiveram seus votos reduzidos à metade, ou menos ainda, sem que houvesse nenhuma razão política de peso a determinar essa queda. Outro ponto da reforma política que fiz questão de ressaltar é o estatuto da fidelidade partidária, estabelecendo uma relação com a discussão sobre cláusula de barreira. Assistimos nesta eleição municipal, mais uma vez, à proliferação de legendas de aluguel, cuja única função na campanha foi servir aos desígnios de candidaturas mais expressivas. Não há no atual sistema nada que impeça que alguns partidos, se é que se possa chamá-los assim, desempenhem esse suspeito papel. Porém, não quero restringir esse balanço às alterações que considero necessárias na legislação eleitoral. Os partidos de esquerda devem incluir no seu balanço uma autocrítica de sua atuação. Se é verdade que o dinheiro organiza e coesiona, é forçoso concluir que, na ausência deste, nós dispomos de outros instrumentos de que não podemos abrir mão: a força das idéias, a disciplina, a dedicação, o respeito ao programa partidário, o trabalho junto às bases. São os únicos meios que podemos ter permanentemente em nossas mãos. Os demais são eventuais, incertos. Na verdade, uma discussão é a contraface da outra. Quando defendemos as definitiva instituição da fidelidade partidária, isso não significa que, na espera, não devamos fazer nada. Exigir desde já a fidelidade de nossos militantes e, sobretudo, de nossas lideranças, é vital para a nossa sobrevivência e afirmação. Não é possível conviver com uma situação na qual inclusive parlamentares, eleitos com o esforço do conjunto do partido, façam opções levando em conta apenas os seus interesses particulares, desprezando a orientação partidária. Finalizando, estou convencido de que estamos pagando o preço de ter nossos partidos voltados apenas para o calendário eleitoral. Isso traz maus resultados, mesmo os eleitorais. Verdadeiros partidos devem estar preparados para atuar no dia a dia, dialogando com a população, sentindo seus problemas, ouvindo suas reivindicações, denunciando, propondo, fiscalizando. Uma vitória eleitoral não cai do céu, ela decorre de um trabalho árduo e constante Esse contato estreito com o povo é o oxigênio que por vezes nos falta. Está na hora de recuperá-lo.*Luiz Cláudio Romanelli é deputado estadual (PMDB) e líder do governo na Assembléia Legislativa do Paraná.

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