Verdadeiro espetáculo do crescimentoLuiz Cláudio Romanelli* Há poucas semanas publiquei um artigo tentando mostrar que o Paraná estava atravessando um momento excepcional, batendo todos os recordes de crescimento econômico, e que isto era resultado das políticas acertadas implementadas pelo governo estadual. Naquele artigo, falei sobre o crescimento do PIB estadual em 2006 (6%), superior à taxa nacional, e das projeções para 2008, de um índice de até 9%, semelhante ao de países como a China e a Venezuela. Falei sobre o crescimento da produção de açúcar e álcool e do projeto do governo de criar um alcoolduto ligando o Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, e sobre o Terminal Público de Embarque de Etanol. Referi-me ainda ao Corredor de Congelados, essencial para aumentar o escoamento da crescente produção de carne paranaense. E abordei a política de atração de empresas para o Estado, gerando riqueza e empregos. Concluí aquele artigo convidando todos a verem este simples fato: o Paraná cresce e este crescimento tem relação direta com as políticas do governo estadual. Porém, como sempre há quem tenha dificuldade em enxergar o óbvio, volto agora ao mesmo tema, com novos dados. Cerca de 200 empresas são criadas diariamente no Paraná. Isto é resultado da política tributária diferenciada adotada pelo governo estadual, com mais de 80 benefícios fiscais. Esta política faz com que a taxa de mortalidade empresarial no primeiro ano seja de apenas 25%, bem inferior à nacional (52%). A conseqüência é a geração de 122.797 novas vagas no trabalho formal apenas nos primeiros sete meses deste ano. É necessário falar, por exemplo, no programa Bom Emprego, que prevê o parcelamento do ICMS para as empresas que investirem na ampliação de suas instalações ou para aquelas que decidem instalar-se em nosso Estado. Seguindo o princípio de crescer ao mesmo tempo em que se diminui a desigualdade, o benefício é maior nas regiões com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O secretário de Planejamento, Nestor Bueno, cita ainda a isenção de ICMS para as empresas que vendem para o Estado, e sobre energia elétrica, itens da cesta básica, material de construção, leite, carnes, trigo e têxteis. Essa isenção barateia em pelo menos 18% o preço do produto. Outro dado é que o Paraná exportou nos primeiros oito meses deste ano US$ 10,825 bilhões, um aumento de 35,65% em relação a igual período do ano passado, mesmo com o dólar em baixa. Ainda que as importações também tenham crescido, o saldo da balança comercial paranaense é em 2008, até agora, de US$ 1,188 bilhão. Como não poderia deixar de ser, essas exportações passam em grande parte pelo Porto de Paranaguá, tão polêmico ultimamente. Se o Paraná caminha rapidamente para tornar-se um dos principais estados exportadores do país, isso se deve, além do crescimento da produção agrícola e da venda de produtos com alto valor agregado, como automóveis, também à eficiência portuária, quer gostem ou não dessa constatação. É bom lembrar que o intercâmbio comercial do Paraná com os países do Mercosul (Paraguai, Argentina e Uruguai) vem crescendo aceleradamente, representando já cerca de 15% do total. Também isto é resultado de uma política direcionada do governo do Estado. Deve ser dito ainda que mais de mil obras do governo estadual estão em execução, gerando 15 mil empregos formais na construção civil e injetando cerca de R$ 400 milhões na economia. Por fim, quero dizer que a nossa Ferroeste, entre Foz do Iguaçu e Paranaguá, será o trecho brasileiro do Corredor Ferroviário Bioceânico, fazendo a ligação com os portos chilenos no Oceano Pacífico. Tudo o que foi citado acima significa crescimento real. Podemos dizer, sem medo de estar cometendo exageros de linguagem, que é um verdadeiro espetáculo do crescimento, depois de tanto tempo que nem nos lembrávamos direito como é que era. Mas está aí, na nossa frente, para quem tem, além de olhos, vontade de ver.*Luiz Cláudio Romanelli é deputado estadual pelo PMDB e líder do Governo na Assembléia Legislativa