Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. Ouvi o deputado Marcelo Rangel brandir aqui fotografias sobre viaturas que estão em manutenção ou que estão paralisadas na cidade de Ponta Grossa. Ao mesmo tempo, ouvi aqui as palavras do deputado Jocelito Canto, que é profundo conhecedor da realidade de Ponta Grossa e do povo ponta-grossense. Aliás, sem menosprezar nenhum dos outros deputados de Ponta Grossa, eu entendo que o deputado Jocelito conhece profundamente a alma do povo, principalmente do povo mais pobre e sofrido daquela cidade. Por conta até do que ele teve que vencer na vida para poder chegar a ser deputado e foi prefeito de Ponta Grossa. Entendo que um deputado de oposição tem o direito e até o dever de fazer a crítica, a cobrança, a fiscalização das ações do governo. Afinal de contas, se ele não apóia o governo, se ele não faz, deputado Teruo Kato, como vossa excelência faz de poder de fato fazer a implementação, ajudar na implementação das boas políticas públicas em toda a região do noroeste, Paranavaí e toda região, certamente, há de se justificar o exercício do seu mandato através de uma atuação diferente, se opondo normalmente ao governo. Sinceramente, já fui oposição nesta casa, já vivi essa experiência e acho que não dá para “satanizar” em nenhum governo. Nenhum governo é tão bom que não mereça crítica e nenhum governo é tão ruim que não mereça o reconhecimento daquilo de bom que ele faz. Digo isso no sentido, deputado Marcelo Rangel, de dizer que vossa excelência, que é ainda muito jovem, não viveu um tempo em que, na área de segurança pública, a Polícia Militar de Ponta Grossa, para poder fazer rodar uma meia dúzia de viaturas, tinha que pedir para o comércio ceder o combustível. Não havia combustível para Polícia Rodoviária; não havia colete à prova de bala para os policias; não havia armamento para os policiais. Nós vivemos um período assim que foi extremamente complexo para Polícia Militar. Ao mesmo tempo, este governo faz um grande esforço para equipar, para melhorar salarialmente, para criar melhores condições operacionais. Estou com um relatório aqui. Estava vendo, ainda há pouco. Imaginem, uma viatura lá em Ponta Grossa roda no mínimo entre 150 a 200 Km por dia, 5 mil Km por mês, dentro de área urbana, numa área que é complexa: anda, pára. Na verdade, o que aconteceu? Nos últimos anos, tivemos a entrega de novas viaturas para o 1º Batalhão da Polícia Militar. Em 2007, foram 5 novas viaturas; em 2008, foram mais 4 viaturas; e, agora, já tem uma programação para serem entregues mais 6 viaturas. Não estão incluídas as do Batalhão Ambiental da Força Verde, as da Polícia Rodoviária Estadual e as do Corpo de Bombeiros. Vossa excelência mostrou fotografias aqui e entendo que o deputado Jocelito tem razão. Vossa excelência fez uma denúncia. Entendo que vossa excelência tem placas de viaturas, e acho que vossa excelência tem que entregar ou à mesa ou à comissão de fiscalização, onde julgar que seja possível, a seu juízo de valor, para que possamos de fato identificar e dizer: “olha, essa viatura aqui é uma viatura baixada ou não; essa aqui é uma viatura que não vai poder circular mais.” O governo vai esclarecer porque tem muitas viaturas que de fato já superaram. São viaturas muito antigas, enfim, que não vale mais a pena recuperar essas viaturas. Não vamos mais gastar dinheiro. Uma viatura tem que ser substituída. Vai para leilão, vende. É assim que tem sido feito, vai se comprando viaturas novas e vai se, efetivamente, podendo melhorar as condições operacionais da Polícia Militar. Ontem (17), falávamos da dificuldade até de seleção da Polícia Militar. Outro dia ainda, conseguimos com muito esforço fazer duas escolas de polícia, uma em Jacarezinho, o 2º Batalhão, e outra em Cornélio Procópio, o 18º Batalhão, cada um com 40 policiais. Que dificuldade para conseguir de fato recrutar, selecionar, para conseguir chegar agora no final do curso. Vai se perdendo, inclusive, candidatos. Não é fácil preparar o Policial Militar, é um profissional que está sujeito a um estresse muito grande. Tem muita gente às vezes que tenta ingressar em uma carreira e vai se criando problemas. Não é fácil selecionar policiais. Ao mesmo tempo, esses profissionais, olha, basta ir a qualquer lugar da cidade ou num módulo policial, ou em uma viatura do projeto povo, o que verificamos? Vemos lá pessoas muito jovens ainda, pessoas que estão trabalhando, se esforçando para garantir a segurança das pessoas. Nós temos na corporação da Polícia Militar uma proteção que todos nós sentimos por conta da capacidade que esses profissionais têm para trabalhar, ao mesmo tempo, claro, as condições operacionais. Agora, indiscutivelmente, eu entendo o seguinte: o estado licitou e não existe outra forma de fazer uma empresa que vai a manutenção dos veículos, e essa licitação é regional. Não há como fazer porque senão não vamos atender o principio da economicidade, do ponto de vista do custo final e tem, infelizmente, uma burocracia que eu mesmo já andei trabalhando em cima disso, porque quando chega a viatura é feito um laudo. Esse laudo, naturalmente, vai apontar que tem que traçar a embreagem, as pastilhas de freio, disco de freio. Aí, ele vai para a diretoria afim da Polícia Militar que tem que autorizar. Passa pelo débito e administra o contrato. Às vezes, na minha avaliação, o que podia ser um serviço de manutenção de um dia, acaba demorando cinco, seis dias, demora mais do que deveria. Ao mesmo tempo, toda a burocracia em relação à pendência de pagamento com a manutenção mecânica na Montavel. A diretoria de finanças da Policia Militar informa que não há nenhuma pendência de pagamento, aqui é um documento oficial da Polícia Militar do Paraná. Todos sabem que se tem uma coisa que o governador Roberto Requião prima é pagar as contas em dia. Não temos fornecedor atrasado, o que muitas vezes o governador faz é o seguinte: ele licita, re licita, re, re, licita, tri licita uma obra para poder de fato contratar pelo menor preço. E todo mundo sabe que este é um governo que não tem superfaturamento, não tem sobre preço, não tem caixinha, não tem comissão, porque é transparente, o governo quer comprar pelo preço mais baixo o serviço e, obviamente, as obras e equipamentos que precisa comprar. Então, o que quero dizer é que sempre tem dificuldades operacionais. Entendo que vossa excelência pode, eu mesmo sou veemente, muitas vezes, às vezes estou com o meu ânimo mais aflorado, mas entendo que podemos encaminhar esses temas todos de uma forma que pode ser, vamos explicar o que dá para melhorar, vamos ver se conseguimos mais viaturas. Concedo um aparte ao deputado Jocelito Canto. Deputado Jocelito Canto (Aparte-Assentimento): Deputado, eu só queria esclarecer, eu mostrei anteriormente aquela foto que mostra uma instrução que está sendo feita pela polícia. E algumas daquelas viaturas que o deputado Marcelo Rangel tirou foto são viaturas de policiais até de outras cidades que estão naquele momento fazendo essa instrução, a foto que eu mostrei, e estão se adaptando às pistolas automáticas porque antigamente os policiais só usavam o revolver. Aqui está a foto que mostra, inclusive, os policiais treinando, se preparando com as pistolas, é um aperfeiçoamento que é feito para a utilização das pistolas. E eu verifiquei “in loco” ao lado do comandante, aqui, hoje (18), pela manhã. E daquelas fotos tiradas pelo eminente deputado existem algumas que estão lá que é desse pessoal que estava fazendo esse trabalho, essa instrução, na manhã e outras a mais. Então, mais uma vez eu quero aqui, gostaria muito que a Casa tomasse muita atenção a esse tema e que fosse levado, não com a minha participação, até para ficar bem isento, e que levantasse isso. Deputado Romaenlli: Agradeço ao deputado Jocelito pela informação, como disse, vossa excelência é profundo conhecedor dos temas que envolvem o município de Ponta Grossa. E eu entendo que os governos, especialmente o nosso governo e a Polícia Militar do Paraná, que hoje é comandada pelo coronel Anselmo que tem um oficialato e os braços da Policia Militar, ou seja, os nos nossos soldados, cabos, nossos sargentos, subtenente, pessoas, enfim, que lutam, que trabalham no dia-a-dia, que são profissionais da polícia e que honram este Estado e a farda da Polícia Militar do Paraná. E, claro, que a Polícia Militar é sujeita a críticas, sem dúvida nenhuma, mas ao mesmo tempo temos que reconhecer que por trás de toda essa instituição são homens e mulheres que dão a segurança para o povo paranaense e eles são merecedores do nosso profundo respeito.