O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Luiz Carlos Romanelli (PMDB), destacou nesta sexta-feira (3) o projeto que reduz de 18% para 12% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para bens de consumo popular. A proposta, que deve ser encaminhada à Assembléia nos próximos dias, vai atingir uma lista extensa de mercadorias de primeira necessidade. “A medida é muito oportuna neste momento em que a economia do mundo inteiro enfrenta turbulências sérias, e terá como efeito positivo estimular preventivamente a economia em nosso estado”, afirmou Romanelli. Segundo o deputado, “a redução do imposto vai beneficiar as camadas de menor poder aquisitivo, sendo mais uma demonstração de que as políticas do governo Requião estão voltadas principalmente para os setores mais pobres da população”.Para o governador Roberto Requião, os principais beneficiários dessa reforma tributária, que reduz em aproximadamente 6% o custo para o consumidor final dos produtos nos mercados e nas lojas, serão os trabalhadores. “O projeto é um dique de contenção ao processo inflacionário e uma forma de o Paraná mostrar ao Brasil como pode ser enfrentada a crise desencadeada nos Estados Unidos”, afirmou.A proposta, elaborada pela Secretaria da Fazenda, contempla com a redução produtos como alimentos, fármacos e medicamentos, calçados, vestuário, tecidos e seus artefatos, itens de higiene pessoal e de uso doméstico, e também eletrodomésticos como fogão, forno de microondas, geladeira, máquina de lavar roupa, máquina de costura, ferro de passar roupa, aspirador de pó e chuveiro.Para compensar a redução dos impostos, a Secretaria da Fazenda propôs a elevação de 2% na alíquota de energia elétrica (exceto a destinada à eletrificação rural), dos serviços de comunicação, da gasolina (inclusive o álcool anidro misturado a ela), do fumo e cigarros, das cervejas e outras bebidas alcoólicas.ABERTURA - O anteprojeto foi apresentado e discutido com representantes do setor comercial. Para a presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Avani Tortato Slomp Rodeigues, “a proposta do Governo é muito boa e a expectativa entre os empresários é positiva”. Ela acrescentou que “o governador nos deu abertura para participar da elaboração do projeto. Se, depois da implantação, houver problemas, voltaremos a conversar para fazer ajustes”.O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Ardisson Naim Akel, ressaltou que a redução do imposto vai estimular o comércio diretamente e a indústria indiretamente, porque, com o crescimento das demandas, haverá aumento da produção. “O projeto vem equilibrar a tendência negativa do mercado com os sinais da crise econômica americana”, analisou.O presidente da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio). Darci Piana, tem a mesma opinião positiva. “Esta iniciativa do Governo do Paraná é inovadora no País. Vamos avaliar o projeto à medida que for desenvolvido, analisar os setores que serão mais afetados e fazer os ajustes que conciliem os interesses”, ressaltou Piana.“A maioria dos setores do comércio está de acordo com o projeto”, afirmou o secretário da Fazenda, Heron Arzua. “Alguns querem fazer mais estudos e pediram ao governador prazo de mais dez dias para fechar o projeto”, concluiu.