Na manhã da última quinta-feira (9) um grave acidente foi registrado em Jandaia do Sul, norte do Paraná. Um ônibus escolar com pelo menos 25 ocupantes, entre eles alunos da Apae, foi atingido por um trem ao passar pela linha férrea. Duas estudantes morreram e outras seis crianças ficaram gravemente feridas.

Só em 2019, foram registrados no Paraná 146 acidentes com trens – incluindo colisões e atropelamentos no Paraná. Em 2020, mesmo em plena pandemia, as ocorrências cresceram para 167.

Preocupado com a segurança da população paranaense, o deputado estadual, Ney Leprevost (União) protocolou expediente na Assembleia Legislativa do Paraná requerendo a Secretaria das Cidades (SECID) que informe se existem planejamentos e tratativas com a ANTT para desvio ou retirada de linhas férreas dos centros urbanos.

“A resolução deste problema não pode mais ser adiada. O governador Ratinho Júnior acertou ao criar esta nova secretaria, a das Cidades. Cabe a pasta fazer o que suas similares na maioria do Brasil já realizam: Assumir a responsabilidade de prevenção e realização de obras que evitem acidentes causados por questões de infraestrutura ou até mesmo climáticos”, afirmou Ney.

No documento, enviado ao secretário da pasta, o parlamentar lembrou que entre as atribuições da Secretaria das Cidades está a “formulação de políticas públicas e diretrizes para o desenvolvimento urbano com caráter global, regional e integrado, bem como a elaboração de programas, planos e projetos”.

Acidentes climáticos

Em outro expediente encaminhado à Secretaria das Cidades, no dia 27 de fevereiro, Leprevost fez um alerta ao secretário e solicitou que a pasta informasse se o Serviço Geológico do Brasil havia detectado pontos de alto risco de desastres naturais em municípios do Paraná. Mas até hoje não obteve resposta. No dia 05 de março ocorreu um alagamento no município de Bandeirantes, que atingiu 6 bairros e deixou mais de 700 pessoas desalojadas.

“As secretarias das Cidades existem para resolver junto com as prefeituras, os órgãos estaduais e federais os problemas macros dos municípios. São pastas de gestão, não de política. Entendo que a secretaria é nova. Mas o secretário precisa apresentar um plano de gestão e um cronograma das obras e iniciativas que irá conduzir para mitigar riscos dentro das cidades do Paraná. É meu dever como deputado cobrar isto”, afirma Ney.