Representantes de trinta entidades envolvidas com a causa do autismo no Paraná se reuniram no Plenarinho da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (2) para trocar experiências e apontar caminhos para melhorar a condição de vida dos portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA), no Primeiro Fórum Estadual de Entidades ligadas à Causa do Autismo. Para o presidente da UPPA, União de Pais Pelo Autismo, que atua há 11 anos na região de Curitiba, Rafael Sallet, um evento histórico no estado para tratar do tema.

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O Fórum ocorre no Dia Internacional e na Semana Estadual de Conscientização sobre o Autismo e faz parte de uma série de ações no Poder Legislativo.  A iniciativa foi do deputado Márcio Pacheco (PDT) com o objetivo de avançar nas políticas públicas, buscar recursos no orçamento do Governo, dar visibilidade à causa e acabar com o preconceito.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde, 1% da população mundial sofre do Transtorno do Espectro Autista. O filho de Sandra Prado faz parte dessa estatística. Ela luta desde 2007 como presidente da Associação Casa do Autismo, de Araucária para que as leis aprovadas e sancionadas, que beneficiem os portadores, funcionem.

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 A representante do secretário estadual da Saúde, Beto Preto, Maria Goretti Lopes, superintendente de atenção à saúde da Secretaria, falou sobre ações da pasta, e entre elas está justamente essa qualificação, que, dentro do Programa de Atenção ao Autismo, promove a capacitação internacional dos profissionais da Rede Pública do Paraná (600 até agora, entre pais e cuidadores). Também lembrou do cadastro da pessoa com Transtorno do Espectro Autista e a realização do censo quadrienal para cadastrar pessoas com autismo, lei aprovada na Assembleia.    

 O trabalho das entidades é de acolhimento, orientação e conscientização das famílias sobre a doença. Muitas vezes, desconhecida. A advogada Elizabete Pereira, que trabalha com o senador Flávio Arns (REDE), um dos apoioadores do Fórum, orientou as entidades sobre como captar recursos legais para conseguir constituir associações e fundações. Ressaltou que é preciso ter estatutos, com regras da entidade, natureza e finalidade definidos. Ela explicou que a pessoa com o Transtorno do Espectro Autista está inserida na mesma lei que beneficia os portadores de deficiência.  E ainda, avisou: caso uma entidade queira se tornar de “Utilidade Pública”, basta procurar os deputados para que apresentem um projeto de lei.  Assim, terão condições de firmar parcerias com o Poder Público.

 O 1º secretário da Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), anunciou, durante o debate, que a Casa deve elaborar um material institucional de orientação sobre o autismo para distribuir para profissionais de saúde e pais.

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Alguns projetos apresentados por deputados que participaram da audiência foram citados, como o que obriga os cinemas do Paraná a terem sessões para autistas. E em homenagem ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, no próximo domingo acontece no Shopping Cidade, em Curitiba, uma sessão de cinema adaptada do filme Dumbo para um público de crianças e adolescentes com TEA, e acompanhantes. A Iniciativa é do deputado Delegado Francischini (PSL).