O esforço para pôr um freio às tentativas desordenadas de se criar regiões metropolitanas à toque de caixa no Paraná foi, aparentemente, vitorioso. Predomina hoje entre os deputados estaduais a idéia de que esta é uma questão que demanda uma discussão séria e aprofundada. Mesmo as proposições aprovadas no início do ano na Assembléia Legislativa tendem a ser engavetadas, à espera do desenvolvimento deste debate. Como afirmou o deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), o debate precisa ser “desapaixonado”. Trocando em miúdos, considerações eleitoreiras não podem definir a criação de organismos que nem se sabe se serão ou não “metropolitanos”. Com efeito, a legislação federal prevê a criação de regiões metropolitanas onde há conurbação, e micro-regiões onde não ocorre este fenômeno. Ou seja, com exceção das regiões de Curitiba e Londrina e, em parte, Maringá, não há verdadeiras regiões metropolitanas no Paraná. O prego no caixão dessas tentativas apressadas e infundadas foi colocado na semana passada, com a realização do seminário promovido pelo deputado Elton Welter, líder da bancada do PT. Com a presença de urbanistas de renome e de vários deputados, o seminário deu um eixo para o debate: o entendimento da realidade de cada região, a preocupação com o desenvolvimento integrado, a diminuição das desigualdades entre os municípios, a criação de consórcios, o enfrentamento conjunto dos graves problemas sociais - todos esses são temas que, a partir de agora, não poderão mãos ser omitidos nessa discussão.