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Oposição Obstruirá Votações Contra Participação da Copel No Pedágio

A decisão da oposição é uma resposta à bancada governista, que apresentou requerimento para transformar a sessão em comissão geral para acelerar a votação da proposta. O requerimento deve ser votado nesta terça-feira (18). Se aprovado, o projeto vai a plenário sem passar pela Comissão de Constituição e Justiça. A constitucionalidade é votada durante a sessão. "A obstrução é o único mecanismo que dispomos para impedir que o rolo compressor do governo aprove um projeto de tamanha importância sem que haja um amplo debate", afirmou o líder da Oposição, deputado Valdir Rossoni (PSDB). Os deputados da Oposição consideram o projeto genérico e inconstitucional, porque ignora o poder da Assembléia. "Mais uma vez o governador pretende fazer o que bem entender, por decreto. Não vamos abrir mão do nosso direito de legislar. Não vamos aceitar pacotes prontos vindos do governo. Se acatarmos a proposta estaremos autorizando o governo a fechar a Casa", alertou Rossoni. Rossoni destacou que o projeto do governo é totalmente inconstitucional. “Dispensa de licitação para contratação de obras. Cede servidores da administração direta e indireta a Copel e, através dela, as empresas que participarem da sociedade. Permite alterações orçamentárias necessárias à participação do Estado nas composições societárias”. Para Rossoni, a evidência que o anúncio do governo é mais uma tentativa de manipular a opinião pública está no fato que não existe dinheiro suficiente para arcar com os pesadíssimos investimentos exigidos por um empreendimento dessa natureza. O Paraná sob a administração de Requião está tecnicamente quebrado, diz Rossoni. O governo só fechou suas contas depois de apresentar dois balanços com fortes indícios de maquiagem contábil. Para Rossoni a disposição de colocar a Copel (uma companhia de eletricidade) na exploração de rodovias é mais uma piada de mau gosto. Uma piada que pode, a exemplo do rompimento do contrato com a El Paso na termelétrica de Araucária, e a temerária aplicação de recursos da Copel no Banco Santos, provocar gravíssimos prejuízos para a principal empresa do governo do Paraná. “Uma prova que esses riscos existem e são muito graves é o tombo que as ações da Copel levaram nesta segunda-feira (17) na bolsa de valores, tão logo os investidores tomaram conhecimento das intenções do governo do Paraná de envolver uma companhia de energia na exploração do pedágio”, prossegue o deputado.
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