O secretário Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, afirmou na manhã desta segunda-feira (1º), durante audiência pública na Assembleia Legislativa, que o estado está perfeitamente preparado para obter o status de estado livre da aftosa sem vacinação. “Estamos investindo em barreiras interestaduais para aumentar a vigilância, criamos a Adapar, ampliamos as taxas dos serviços para suportar a vigilância necessária após a suspensão da vacinação e estamos nomeando mais profissionais para esse esforço. Enfim, nós temos plenas condições de avançar porque os estudos econômicos mostram uma taxa de retorno muito interessante para economia paranaense. Tenho convicção de que o Paraná só ganha com isso”, argumentou.

A audiência, com o tema “Paraná Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação”, atendeu a proposição do deputado Anibelli Neto (PMDB), com apoio dos blocos parlamentares da Agropecuária e da Agricultura Familiar. O encontro reuniu autoridades e representantes de entidades do setor agropecuário, como o já mencionado secretário de Estado; o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz; o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni; o presidente da Associação Paranaense dos Suinocultores, Jacir José Dariva; e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); do Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná e da Associação Paranaense de Suinocultores.  Também participaram do evento o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), e os parlamentares Elio Rusch (DEM), Fernando Scanavaca (PDT), Pedro Lupion (DEM), Schiavinato (PP), Chico Brasileiro (PSD), Claudio Palozi (PSC) e Guto Silva (PSC).

Reconhecimento – Uma audiência sobre o mesmo tema já havia sido realizada no Legislativo estadual no último dia 11 de maio, no mesmo mês em que, por iniciativa da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o Governo do Estado deu início ao processo para reconhecimento do Paraná como estado livre da febre aftosa sem vacinação. Para obter o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) o estado terá de comprovar capacidade de manter a erradicação da doença em seus rebanhos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com o processo tendo início, a previsão é de que o reconhecimento possa ocorrer a partir de maio de 2017. Segundo o governo, a mudança de status pode abrir o mercado de exportação de carne para países como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, entre outros.

De acordo com o deputado Anibelli Neto, a audiência mais uma vez deu voz aos dois lados da discussão sobre o plano de tornar o Paraná livre da febre aftosa sem vacinação. “Aqui tivemos os dois lados da moeda, mas que afinal querem a mesma coisa, ou seja, que o estado do Paraná avance. Nós temos o pessoal que quer que esperemos um pouco mais para nos tornarmos livres da aftosa sem vacinação. E outros, como o próprio governo estadual, que entende que esse passo tem que ser dado agora. E nós, da Assembleia, temos que mediar isso. Há ainda dúvidas como, por exemplo, se estamos preparados para fazer agora esse avanço”, declarou.

O presidente Ademar Traiano, por sua vez, reforçou o papel da Assembleia Legislativa como promotora de debates importantes para a sociedade e para a economia paranaense. “A Casa tem dado a sua contribuição, por meio de suas comissões técnicas permanentes, ao fazer encaminhamentos de propostas de alto interesse público para o nosso estado, como esta sobre tornar o Paraná livre da febre aftosa sem vacinação. Tenho certeza de que com mais esse avanço a economia do estado vai crescer e vai ainda mais nos destacar no mercado internacional”, afirmou.