Paraná Vai Instalar Comitê de Educação Em Direitos Humanos

21/09/2007 18h34 | por Casemiro Linarth / h2foz@hotmail.com - contato@luizromanelli.com.br / www.luizromanelli.com.br / 41 9648-1104 - 9241-2401 - 3350-4191
A articulação com a sociedade e o reconhecimento dos protagonistas que lutam pelos direitos humanos foram duas propostas apresentadas no 1o Seminário Estadual de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) realizado nesta sexta-feira (21) na Assembléia Legislativa do Paraná. A iniciativa é da comissão que trata do assunto na Assembléia Legislativa, presidida pelo deputado Francisco Bührer (PSDB), juntamente com o Governo do Estado e entidades do terceiro setor que atuam na área. O objetivo do encontro é a formação do comitê estadual para a implantação do PNEDH no Paraná.“O assunto é muito amplo, envolvendo desde cor e raça até os direitos à moradia e à saúde. O objetivo do encontro é articular as diversas entidades que atuam na área para melhorar a vida das pessoas e desta forma tornar o mundo melhor”, disse Bührer. Segundo ele, 56 entidades colaboraram na organização e realização do encontro, no qual foram apresentados o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) e experiências concretas de diversas organizações que atuam no setor.A assessora de assuntos educacionais da APP-Sindicato, Cristina Cardoso Minuzzo, disse que “quando o aluno entra na escola é para tornar a sociedade melhor para todos. A escola é um espaço privilegiado para exercitar os direitos humanos. Precisamos ter professores preparados para lutar por esses direitos. Pela educação o aluno deve conhecer os direitos do cidadão e praticá-los”.Estudantes e professoras do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Tuiuti do Paraná pediram uma lei que inclua a sua atividade como participante no processo de ressocialização. Para elas, não existe ninguém tão competente quanto o terapeuta ocupacional para realizar esse trabalho. Já o presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, Péricles Mello (PT), se ofereceu para trabalhar em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos na realização de ações concretas em educação de direitos humanos.Educação - O professor José Antonio Peres Gediel, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná e membro do Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos, afirmou que “já é hora de termos no Paraná uma comissão de educação em direitos humanos. Deve haver uma série de instrumentos educacionais com uma visão principal centrada nesse tipo de educação”.Em seu ponto de vista, é preciso criar espaços nos currículos dos cursos universitários para a educação em direitos humanos, inclusive na pesquisa e na pós-graduação. “É um trabalho interdisciplinar, na universidade”, observa o professor. “Mas não deve se transformar em mercadoria, criando cursos para formar profissionais para o mercado de trabalho”.“É na educação não formal que ocorrem os problemas mais graves. Todas as associações e coletividades ligadas à moradia ou ao combate à fome, por exemplo, devem ser levadas à reflexão para ver as soluções para os seus problemas”, ressalta Gediel. E acrescenta que os problemas de direitos humanos se manifestam sobretudo onde há carência.Segundo o professor Gediel, é importante a participação das universidades e das ONG’s na educação em direitos humanos. “Escolas públicas e privadas devem se sentir incentivadas a atuar nos direitos humanos”, diz ele.Gediel sugere que a ação do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos deve dar os primeiros passos em torno de cinco eixos, indicados no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos: educação básica, educação superior, educação não-formal, educação dos profissionais dos sistemas de Justiça e Segurança, e educação e mídia.

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