PEC que limita exploração de gás de xisto no Paraná é aprovada por unanimidade

12/09/2016 18h17 | por Claudia Ribeiro
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Foi aprovada por unanimidade na sessão desta segunda-feira (12) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera um artigo da C0onstituição  para que a Assembleia precise autorizar a construção de centrais termoelétricas, hidrelétricas e a perfuração  de poços para extrair o gás de xisto pelo método de fraturamento hidráulico das rochas, o chamado fracking. A PEC foi uma iniciativa dos deputados Schiavinato (PP), Fernando Scanavaca (PDT), Marcio Nunes (PSD) e Rasca Rodrigues (PV). Segundo Rasca, uma luta antiga não apenas dos parlamentares, mas principalmente dos ambientalistas. Ano passado, os autores da proposta  visitaram uma região da Argentina onde o método é utilizado e voltaram convencidos de que os efeitos são danosos para o meio ambiente e, consequentemente, para a população.

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 Pela Proposta, para a construção e perfuração de poços, também será preciso a apresentação  de um projeto técnico de impacto ambiental, além da aprovação da Assembleia.  Já para a construção das  centrais,  também haverá a necessidade de uma consulta à população por meio de plebiscito.

 A coordenadora da Coalizão Não Fracking Brasil, Nicole Oliveira, diz que a PEC  representa um avanço, já que os perigos da extração do gás de xisto são muitos.

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Nicole espera que o Legislativo vote mais um projeto também do deputado Rasca Rodrigues, em tramitação na Casa,  que proíbe definitivamente o uso do Fracking  no Paraná, para, segundo ela, proteção das novas gerações.

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 Os ambientalistas alegam que o uso do fraturamento, método de exploração que fratura as rochas sob o solo para extrair o gás de xisto e que serve para gerar energia,  é tóxico.  Para fraturar a rocha, são injetados no solo milhões de litros de água misturados a  700 substâncias químicas tóxicas que são radioativas e, parte delas,  permanece no subsolo. O que, segundo os estudos,  contamina o lençol freático. O que é retirado,  contamina o solo, porque, ao  evaporar,  a chuva que cai cé danosa para as pessoas e plantações.

 Em 2013 e em 2015, o Governo Federal vendeu, em leilões,  blocos de terras produtivas no Paraná, para a exploração do gás de xisto. Um novo leilão está marcado para acontecer ainda este ano.

 Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro. 

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