A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto das Águas do Paraná encaminharão uma minuta de resolução para os comitês de bacias hidrográficas do Paraná que enquadra todos os rios do Paraná nas classes 1, 2 e 3, eliminado a classe 4, a mais baixa de acordo com a resolução nº 357, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama. O anúncio foi feito durante a audiência pública "Enquadramento e os usos múltiplos dos corpos de água do Paraná", realizada nesta quinta-feira (20), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, por proposição da Frente Parlamentar Ambientalista.
“Nós da Secretaria e do Instituto das Águas do Paraná fizemos essa nova proposta para que possamos ter uma qualidade de água melhor. Ao mesmo tempo nós vamos tomar todos os cuidados para não obstruir o crescimento econômico do nosso estado”, afirmou o coordenador estadual de recursos hídricos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), José Luiz Scroccaro, durante a audiência.
Em maio deste ano o Instituto das Águas do Paraná anunciou uma proposta de reclassificação dos rios paranaenses, na qual os rios que compõe a Bacia do Tibagi e a Bacia do Alto Iguaçu seriam reclassificadas como de classe 4, úteis apenas à navegação e ao paisagismo. A classificação dos rios, segundo as normas do Conama, vai da classe especial à classe 4. Apenas os rios de classe especial não recebem esgoto. Nas classes 1, 2 e 3, a poluição aumenta gradativamente, restringindo a utilização da água. Na classe 4 os rios servem apenas para navegação e fins paisagísticos, por causa do alto nível de poluição.
“É possível melhorar a qualidade da água dos nossos rios, desde que os investimentos sejam planejados com o objetivo de buscar essa qualidade. O rio é um grande instrumento de desenvolvimento econômico para os municípios. As grandes indústrias que necessitam de água precisam de rio para descartar, pós-tratamento, essa água. Então a natureza pode alavancar o desenvolvimento econômico desde que ela seja respeitada. O que não queremos é classificar os nossos rios numa classe que não possa ser usada para abastecimento”, alegou o deputado Rasca Rodrigues (PV), coordenador da Frente Ambientalista.
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