Referendo: “não” é Maioria Entre Os Deputados Estaduais

21/10/2005 20h03 | por Carlos Souza
Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 21/10/05Jornalista: Carlos SouzaREFERENDO: “NÃO” É MAIORIA ENTRE OS DEPUTADOS ESTADUAIS A maioria dos 54 deputados estaduais do Paraná vai se manifestar contra a proibição do comércio de armas e munições no País, no referendo de domingo (23 de outubro). Levantamento feito junto aos parlamentares mostra que 36 deles votarão em favor do “não” e 14 deputados são favoráveis ao desarmamento e votarão “sim”. Os deputados Artagão Júnior (PMDB), Hermes Fonseca (PT), Mauro Moraes (PMDB) e Pedro Ivo (PT) não se manifestaram sobre o referendo. O deputado Ratinho Júnior (PPS), autor da lei estadual do desarmamento (projeto de incentivo ao desarmamento mediante indenização de R$ 100,00) e que lidera a Frente Paraná Sem Armas, concorda que o grupo é minoria, mas ressalta que essa decisão é da população. “A proibição do comércio de armas de fogo e munição, isoladamente, não é capaz de solucionar o problema da criminalidade. Mas é um passo fundamental em direção a uma sociedade mais segura e, para isso, é preciso dar o primeiro passo”, justifica o parlamentar. Para o deputado Élio Rusch, um dos coordenadores estaduais da Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa, que incentiva a população a votar pelo “não”, a proibição da comercialização legal de armas vai estimular o mercado negro. “O Estatuto do Desarmamento trouxe avanços para a área e, atualmente, só o cidadão de bem pode adquirir arma no Brasil, mediante comprovação de antecedentes criminais, trabalho fixo, exame de sanidade mental e certificado da Escola de Tiro”, destaca Rusch. “Não defendemos que o cidadão ande com o revólver na cinta, mas que possa ter em casa uma arma para se defender”, acrescenta o deputado. Já o deputado José Domingos Scarpellini, que também preside a Comissão de Direitos Humanos, da Cidadania e de Defesa do Consumidor da Assembléia, é preciso conscientizar o cidadão de bem, de que a arma não o coloca em situação de defesa perante o bandido. “Uma pessoa que não tem coragem nem preparo para usar a arma pode ser facilmente rendida e morta pelo bandido”, diz Scarpellini. A deputada Luciana Rafagnin (PT), que reforça o bloco do “sim” também concorda que a arma não protege e “dados mostram que mais de 50% dos crimes no Brasil são cometidos usando-se arma de fogo”. “É importante destacar ainda que essas mortes não são causadas por criminosos, mas ocorrem em crimes domésticos, no trânsito ou em decorrência do alcoolismo, entre outros motivos”, diz a parlamentar. O deputado Cleiton Kielse, favorável ao “não”, acredita que a campanha de desarmamento é um pano de fundo para tapar as CPIs de Brasília, pois não existe a necessidade do referendo. “Os quase R$ 600 milhões que estão sendo gastos nesse processo poderiam ser transferidos para os Estados investirem em segurança pública”, afirma Kielse, lembrando que o Paraná recebeu aproximadamente R$ 30 milhões do Governo Federal, nesses quase três anos de administração, para aplicar na pasta de segurança. “Se fizéssemos uma divisão desse valor entre os 27 Estados da Nação, cada governante teria assegurado mais de R$ 20 milhões”, diz o deputado. Já os deputados Luiz Nishimori (PSDB) e Plauto Miró (PFL), contrários à proibição da venda de armas e munições no País, lembram que “o Estado não consegue propiciar a segurança pública adequada que a população necessita e exige”. “Nas cidades do interior, em especial, nas regiões agrícolas, os proprietários acabariam por viver numa situação de estrema insegurança. Afinal, os bandidos poderiam agir impunemente. Hoje, ao menos, ele pensa duas vezes antes de assaltar uma residência”, completa Nishimori. VOTO DOS DEPUTADOS ESTADUAISDEPUTADO VOTO ADEMAR TRAIANO NÃO ADEMIR BIER SIMAILTON ARAÚJO NÃOALEXANDRE KHURY NÃOANDRÉ VARGAS SIMÂNGELO VANHONI SIMANTONIO ANIBELLI NÃOARLETE CARAMÊS NÃOARTAGÃO JÚNIOR Não se manifestouAUGUSTINHO ZUCCHI NÃOBARBOSA NETO SIMCARLOS SIMÕES NÃOCESAR SELEME NÃOCIDA BORGUETTI NÃOCLEITON KIELSE NÃOCHICO NOROESTE SIMDOBRANDINO DA SILVA NÃODUÍLIO GENARI NÃODURVAL AMARAL NÃOEDSON PRACZYK NÃOELIO RUSCH NÃOELTON WELTER SIMELZA CORREA SIMFRANCISCO BUHRER NÃOGERALDO CARTÁRIO NÃOHERMAS BRANDÃO NÃOHERMES FONSECA Não se manifestouJOCELITO CANTO NÃOJOSÉ MARIA FERREIRA NÃOJOSÉ SCARPELLINI SIMLUCIANA RAFAGNIN SIMLUIZ ACCORSI NÃOLUIZ CARLOS MARTINS SIMLUIZ LITRO NÃOLUIZ NISHIMORI NÃOMARCOS ISFER SIMMÁRIO BRADOCK NÃOMAURO MORAES Não se manifestouMILTINHO PUPPIO NÃONATÁLIO STICA NÃONEIVO BERALDIN NÃO NELSON GARCIA NÃONELSON JUSTUS NÃONEREU MOURA NÃOPADRE PAULO SIM PEDRO IVO Não se manifestouPLAUTO MIRÓ GUIMARÃES NÃORAFAEL GRECA NÃORATINHO JÚNIOR SIMRENATO GAÚCHO NÃORENI PEREIRA NÃOTADEU VENERI SIMVALDIR ROSSONI NÃOWALDIR LEITE NÃO

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