A convite do deputado Péricles de Mello (PT), O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e o presidente do Sindicato dos Docentes da Unioeste, participaram do horário destinado à comunidade, o Grande Expediente, da sessão plenária, no começo da tarde desta segunda-feira (21). Para o deputado, este será um dos caminhos para estreitar o diálogo entre o Governo do Estado e os representantes das universidades públicas do Paraná.
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São sete as universidades estaduais no Paraná. Duas, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade do Norte do Paraná (Unep), estão integradas há mais tempo no Sistema Meta4, enquanto a Universidade de Ponta Grossa (UEPG) e a do Centro Oeste (Unicentro), devem se integrar agora no segundo semestre. Já as universidades estaduais de Londrina, de Maringá e do Oeste, não aderiram ao siMeta 4, um programa que o governo defende, porque alega que dará mais transparência às universidades. Por ele, diz o Governo, será possível acompanhar todo o funcionamento do quadro de pessoal, além de possibilitar a gestão plena de pessoal. A plataforma permite, entre outras ações, detectar de forma imediata qualquer inconsistência no lançamento de dados que compõem a remuneração dos servidores estaduais e melhorar a gestão dos recursos para atender a uma determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR). Porém, o professor Luiz Fernando Reis, presidente do Sindicato dos Docentes da Unioeste (Adunioste) acredita que o sistema vai servir para que, na tentativa de economizar recursos, o Governo retire direitos adquiridos dos servidores. Mesmo assim, diz que está disposto a negociar.
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Após uma audiência pública, que aconteceu na Assembleia no começo de agosto intitulada "Os Desafios das Instituições Públicas de Ensino Superior do Paraná", surgiu uma “Carta Aberta”, onde lideranças e um grupo de parlamentares pedem mais diálogo entre Governo do Estado e representantes das instituições de Ensino Superior.
A preocupação do reitor da UEM, Mauro Luciano Baesso, é com o enfraquecimento da universidade, que, com a implantação do Meta 4, passa a ter, na opinião dele, um controle político.
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O Governo afirma que o objetivo de implantar o sistema não é o controle administrativo ou prévia orientação sobre onde devem ser aplicados os recursos, mas sim proporcionar a isonomia entre todos os órgãos na gestão de recursos públicos.
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.