O encontro regional organizado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados para debater o projeto de lei federal nº 4850/2016, que propõe medidas para combate à corrupção no Brasil, contou na tarde desta segunda-feira (24) com a participação de representantes de entidades da sociedade organizada, como o Instituto Mude e os movimentos Mais Brasil Eu Acredito e o Vem Pra Rua. As principais medidas de que trata o projeto preveem a criminalização do caixa dois, criminalizar o enriquecimento ilícito, agilizar o rastreamento do dinheiro desviado, aumentar as penas de crime de corrupção e agilizar as leis processuais que envolvem crimes e atos de improbidade.
Durante quase três horas, os integrantes desses grupos falaram sobre suas ações em prol da aprovação da matéria, que está em tramitação no Congresso Nacional. “Apesar da corrupção ser muito antiga no Brasil, não podemos nos conformar e achar que o país não tem jeito. Não podemos dar ouvidos a pessoas que acham que não podemos mudar o futuro da nossa nação. Essas medidas servirão para virar a página da corrupção no Brasil, desde que não sejam alterados seus pilares principais”, afirmou o presidente do Instituto Mude, Fábio Silveira.
De acordo com Rafaela Pilagallo, representante do Movimento Mais Brasil Eu Acredito, o momento agora é de os grupos organizados acompanharem o trâmite da matéria na Câmara Federal e pressionarem os parlamentares a declarar apoio às medidas anticorrupção. “Queremos que mais pessoas participem diariamente desse processo. Estamos angariando voluntários para acompanhar o site www.lutepelas10medidas.org.br, que é onde se mostra quais deputados são a favor das medidas e quais são contra, e fazer uma força-tarefa para levar essas informações adiante para a sociedade e, ao mesmo tempo, cobrar os parlamentares contrários”, afirmou Rafaela.
Também participaram do encontro no período da tarde o deputado federal Diego Garcia (PHS-PR); os deputados estaduais Evandro Araújo (PSC) e Marcio Pacheco (PPL); a diretora executiva do Instituto Mude, Patrícia Fehrmann; a juíza federal Bianca Arenhart; a representante do Movimento Mais Brasil Eu Acredito, Alessandra Vargas; além da jornalista e ativista Joice Hasselmann.