Foi formada na manhã desta quarta-feira (25), no auditório legislativo, uma Comissão Especial de Deputados para Debater o Embargo da União Europeia à Carne de Frango Brasileira. Ela é presidida por schiavinatto (PP), tendo como vice-presidente, Elio Rusch (DEM) e como relator, o deputado Guto Silva (PSD). As primeiras ações definidas, após ouvir as entidades envolvidas, Faep, Fetaep sindiavipar e Ocepar, deverão ser acionar o Ministério da Agricultura e o Governo do Estado para intervirem junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), em favor do Paraná e buscar alternativas para os produtores do estado para compensar as perdas, como explica o deputado Guto Silva.
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O Paraná é o maior produtor de carne de frango do país. Produz 30% da carne de frango brasileira. Oito dos 20 principais frigoríficos estão no estado. Participa de 27% das exportações para a União Europeia. 11% do valor das exportações brasileiras são para o Bloco, o que equivale a cerca de R$ 270 milhões. O setor gera 30 mil empregos. Mas a partir desta quinta-feira (26) frigoríficos serão desabilitados a exportar carne de frango para a região, incluindo nove plantas da BRF. Para os participantes da reunião desta quarta-feira, não se trata de um embargo sanitário, mas de uma guerra comercial. E os representantes das entidades afirmaram: não há qualquer risco no consumo de carne de frango do Brasil.
A qualidade do produto não está em questão, já que atende todas as exigências sanitárias.
Os deputados e os produtores temem as consequências do embargo: a queda no preço do produto, a restrição a outros mercados, já que a União Europeia é referência e para o presidente da Fetaep, Ademir Mueller, o desemprego, que deve atingir principalmente, os pequenos produtores.
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Participaram do encontro também os deputados Cláudio Palozi (PSC), Luiz Cláudio Romanelli (PSB), Ademir Bier (PSD), Jonas Guimarães (PSB), Wilmar Reichembach (PSC) e Anibelli Neto (MDB).
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Cláudia Ribeiro.