Ano Internacional da Afrodescendência Será Comemorado Na Assembleia Legislativa

22/06/2011 17h28 | por Nádia Fontana
Uma sessão solene para a entrega da Premiação “Orirerê – Cabeças Iluminadas” e em homenagem ao Ano Internacional da Afrodescendência será realizada no dia 18 de novembro, no Plenário da Assembleia Legislativa. Segundo o deputado Professor Lemos (PT), proponente do evento, historicamente, a cultura afro e os afrodescendentes sofreram e ainda sofrem as consequências do regime escravocrata. Entre elas, o parlamentar cita “o apagamento identitário e a exclusão sócio-cultural. Em contrapartida é preciso dar visibilidade e homenagear as personalidades que se destacam neste universo”, acrescenta.
De acordo com o deputado, a premiação destacará os professores paranaenses que possuem notoridade na aplicação da lei nº 10.639/03. O evento inicia às 9 horas e tem encerramento previsto para as 17 horas. “O povo afro-brasileiro precisa valorizar os seus heróis. Nunca é tarde para voltar atrás e dar o devido reconhecimento àqueles que não foram homenageados em vida. E àqueles que estão entre nós, como diz mestre Waldemar, ‘se querem me homenagear, que seja em vida’”, conclui o Professor Lemos.
Discriminação - No final de 2010, as Nações Unidas lançaram, em Nova York, o Ano Internacional para Descendentes de Africanos. Na ocasião, num discurso, o secretário-geral, Ban Ki-Moon, explicou que ao estabelecer 2011 como Ano Internacional da Afrodescendência a ONU tenta fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação a descendentes de africanos. A iniciativa também quer promover o respeito à diversidade e herança culturais.
Naquele momento, numa entrevista à Rádio ONU, de Cabo Verde, antes do lançamento, o historiador guineense Leopoldo Amado falou sobre a importância de se conhecer as origens africanas ao comentar o trabalho feito com quilombolas no Brasil: "Esses novos quilombolas têm efetivamente o objetivo primordial de fortalecer linhas de contato. No fundo restituir-se. Restituir linhas de contatos, restituir aquilo que foi de alguma forma quebrado, aquilo que foi de alguma forma confiscado dos africanos, que é a possibilidade de restabelecer a ligação natural entre aqueles que residem em África, que continuam a residir em África e a dimensão diaspórica deste mesmo resgate. A dimensão diaspórica da África é efetivamente larga e grande", disse. Ban lembrou que pessoas de origem africana estão entre as que mais sofrem com o racismo, além de ter negados seus direitos básicos à saúde de qualidade e educação. A comunidade internacional já afirmou que o tráfico transatlântico de escravos foi uma tragédia apavorante não apenas por causa das barbáries cometidas, mas pelo desrespeito à humanidade.

 

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