Assembleia realiza levantamento do seu acervo cultural Especialista vai atualizar o catálogo de obras e apontar a necessidade de restauro de quadros e painéis do patrimônio do Legislativo

31/07/2018 14h50 | por Rodrigo Rossi

Créditos: Sandro Nascimento/Alep

Artista plástico e avaliador João Moro.Créditos: Jaime S. Martins/Alep

Artista plástico e avaliador João Moro.

Com um acervo de 76 obras de arte, entre quadros e painéis de autores renomados, a Assembleia Legislativa realizou nesta semana um levantamento atualizado do seu patrimônio cultural. Um especialista verificou as condições de preservação e a necessidade ou não de reparo dos quadros e esculturas espalhadas pelos corredores do Legislativo, a exemplo do Plenarinho, onde está localizado um painel talhado em madeira do artista paranaense Poty Lazarotto, datado de 1974.

O objetivo da avaliação, além de atualizar a catalogação das obras, é verificar se com o passar dos anos o acervo teve algum impacto e precisa de recuperação. “Nosso objetivo é verificar as condições destas obras, que fazem parte do patrimônio e do acervo da Assembleia, para elaboração de um laudo técnico que vai nos dizer sobre o valor cultural, histórico e econômico do acervo”, afirmou o artista plástico e avaliador João Moro, que há três dias percorre os espaços da Assembleia e analisa minuciosamente os quadros e painéis.

Além do Plenarinho, o Salão Nobre tem em uma de suas paredes o quadro que retrata a história do Poder Legislativo paranaense, denominado a “Instalação da Assembleia”, de Arthur José Nísio. Mas a principal pintura no local, considerando o tamanho e a sua representatividade estética, é do artista Frederico Lange de Morretes. O quadro “A alma da floresta”, de 1930, que na opinião do Moro, é um dos mais importantes do acervo.

“Este quadro tem um valor artístico muito grande, tanto pelas características dos traços, que são extremamente marcantes, como do seu valor no mercado de arte. Não podemos dizer ainda com precisão, sem uma análise mais aprofundada, mas este quadro deve valer próximo de R$ 250 mil”.

O especialista explicou ainda que a partir deste levantamento, embora não se tenha um registro oficial, é possível indicar se os quadros e painéis foram doados ou encomendados pela Assembleia. “No caso do Plenarinho, por exemplo, como temos um painel ao fundo, datado e com as inicias AL, imaginamos que tenha sido feita especialmente para a Assembleia. Temos esculturas em concreto também, o que nos mostra que houve um trabalho exclusivo aqui”.

Preservação – Na recepção da sala da Presidência há ainda um quadro do também paranaense Theodoro de Bona. Para Moro, as variadas pinturas e artistas reafirmam que além de um espaço para a discussão política, a Assembleia torna-se também uma referência cultural. “Temos um alto valor cultural aqui e isso tudo precisa ser preservado, como está sendo feito. No caso do painel do Poty, que é um artista de grande importância, podemos dizer que está em boa qualidade e de fácil reparo. É uma obra valiosa dos grandes mestres da arte”.

A verificação do acervo foi realizada em conjunto entre a Diretoria Administrativa, a Controladoria e a coordenadoria de Patrimônio, sob orientação da Diretoria Geral da Assembleia. “Instituímos uma comissão para tratar do assunto, porque é fundamental a preservação e, se necessária, a restauração das obras e do acervo artístico da Assembleia, porque temos um patrimônio cultural de relevância que é de todos os paranaenses”, assegurou o diretor-geral do Legislativo, Roberto Costa Curta.

 

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