Assessoria de Imprensa da Alep

12/11/2009 10h25 | por Adriana Ribeiro 41 3350-4188
Servidores do Poder Judiciário do Paraná participaram nesta quinta-feira (12), na Assembleia Legislativa, de uma audiência pública para debater a realização de concurso público no Estado para o Foro Judicial de 1.º Grau. A reunião proposta pelo deputado Professor Lemos (PT) foi coordenada pela diretoria do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus) e reuniu servidores de comarcas de vários municípios. “O Poder Judiciário tem hoje um número insuficiente de servidores para a realização dos trabalhos. Por isso, estamos aqui para debater a carreira dessa categoria, suas condições de trabalho e as questões salariais”, disse Lemos. Para o deputado, a realização de concurso é a saída para sanar problemas enfrentados em todo serviço público do Estado, consequência da falta de profissionais. Mário Cândido de Oliveira, secretário-geral do Sindijus, diz que uma pesquisa feita no Estado, no último mês de outubro, mostra que apenas no Foro Judicial de 1.º Grau – que inclui escrivães, oficiais de Justiça, auxiliares administrativos e assistentes sociais – há uma defasagem de pessoal de 50%. “A realização de concurso público é uma reivindicação antiga. Hoje os servidores trabalham sobrecarregados e descontentes. Muitos estão se aposentando, outros estão com problemas de saúde”, disse.Em todo o Paraná, existem hoje 1.600 pessoas trabalhando no Foro Judicial de 1.º Grau. Segundo a pesquisa, 800 pessoas deveriam ingressar no setor para suprir a demanda. Oliveira garante que o problema também existe no Foro Judicial de 2.º Grau, onde trabalham assessores jurídicos de desembargadores e funcionários administrativos. Ele estima que a defasagem de servidores neste grupo, que hoje possui 1.900 pessoas, também seja de 50%. A pesquisa “Diagnóstico Estrutural da Justiça de 1.º Grau do Paraná, apresentada durante a audiência pública, ouviu 130 escrivães de 75 comarcas do Estado. Um total de 22,4% deles disseram que levam trabalho para casa todos os dias, já que não conseguem terminá-lo durante o expediente; e 21,6% afirmaram que o trabalho interfere na vida familiar. Treze por cento também informaram que recebem ligações diariamente para falar sobre questões de trabalho fora do horário do expediente. A pesquisa aponta ainda que dos 130 escrivães ouvidos, 107 deles (82%) fizeram hora extra no mês anterior à pesquisa. A média foi de 52 horas a mais por mês, mas um dos funcionários chegou a fazer 240 horas extras no período. Do grupo pesquisado, 25% disse já ter ido ao médico por apresentarem problemas emocionais provocados pelo trabalho e outros 14,5% por estarem com dificuldades físicas. Entre os problemas mais comuns apresentados estavam estresse (22%), lesão por esforço repetitivo (16,9%) e depressão (13,85%).A ideia do Sindijus é que as reivindicações da classe possam ser atendidas com a aprovação de projetos de lei apresentados pelos deputados, na Assembleia. Participaram da audiência pública o coordenador-geral do Sindijus, José Roberto Pereira, o presidente da Associação dos Oficiais de Justiça do Paraná (Assojepar) e representantes do Poder Judiciário das comarcas de Cianorte, Toledo, Marialva, Cidade Gaúcha, Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu, Arapongas e Curitiba.

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