25/05/2006 16h44 | por Kelen Vanzin
Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o brasileiro trabalha 45 dias no ano para pagar as despesas do Estado com segurança. Neste universo, a segurança pública representa um custo anual de 324 reais aos cidadãos e 60 bilhões de reais aos cofres públicos. Estatísticas do IBPT revelam também que o cidadão tem um gasto de 379 reais a mais com segurança privada. Ou seja, o custo total dos cidadãos é de 703 reais, o que equivale a mais de 7% do orçamento individual dos brasileiros.Mercado em expansão - A Segurança Privada, no entanto, representa um importante setor que minimiza as conseqüências da crise de segurança pública, gerando, segundo a Federação Nacional de Empresas de Segurança e Transporte de Valores, 54,4 mil empregos diretos, só na Região Sul. No Brasil, o faturamento das empresas de segurança privada saltou de R$ 7,0 bilhões em 2002, para R$ 11,8 bilhões em 2005. No Paraná o setor de segurança privada gerou R$ 500 milhões em 2005, quase o dobro de 2002. A vigilância patrimonial representa 60% deste mercado em expansão, outros 15% ficam com a escolta armada e 12% com segurança pessoal. Os dados são do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana. Público x privado – Estudos realizados pelo Instituto Fernando Braudel de Economia Mundial, avaliam que existem pontos positivos e negativos relacionados à segurança privada. Entre os positivos, está o papel das empresas de segurança privada na redução da necessidade da presença policial à medida que as residências e empresas contratam serviços especializados, além da rede de “informantes”, úteis ao serviço policial, facilitado pela posição estratégica dos vigilantes distribuídos pela cidade. Já, entre os pontos negativos, está o mau preparo na formação destes profissionais, além das empresas que atuam na informalidade, acarretando ainda mais insegurança, como reação armada indevida, roubo de armas (no Estado de São Paulo, por exemplo, mais de 10 mil armas utilizadas em assalto, em 1999, vieram das mãos de vigilantes) e a possibilidade de envolvimento de vigilantes com criminosos ao passar informações sobre segurança e vulnerabilidade dos locais onde atuam. Audiência Pública debaterá crise - Uma Audiência Pública que será realizada dia 29 de maio, na Assembléia Legislativa do Paraná, debaterá o papel da vigilância privada no Brasil, a crise da segurança pública, e os problemas relacionados com as empresas de alarmes e de vigilância não credenciadas e os efeitos sobre a segurança da população. A Audiência está sendo proposta pela deputada Federal Dra. Clair, juntamente com os deputados Tadeu Veneri e Padre Paulo, e contará com a presença do deputado federal Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), membro da Comissão de Segurança Pública do Congresso Nacional, do comandante da Polícia Militar do Paraná, Coronel Nemésio Xavier, do Superintendente da Polícia Federal do Paraná Jaber Makul Hanna Saari, do delegado regional do Trabalho Geraldo Seratiuk, do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Vigilantes, João Soares, representantes do Sindicato das Empresas de Vigilantes e Segurança do Paraná.Entrevista coletiva - No decorrer da Audiência, está programa uma entrevista coletiva, às 11:00 H, no Plenarinho da Assembléia, com os participantes do debate que responderão as perguntas individuais do jornalistas sobre segurança pública. Fonte: Assessoria de Imprensa Dep. Federal Dra. ClairJornalista responsável: Marcos H. Guimarães (MTb-PR 3479 JP)Contato: (41) 3322-6775ou 9211-9805 Liderança do PT/PRKelen VanzinAssessora de Imprensa(41) 350-4157(41) 91966533www.pagina13pr.org.br