As propostas de alteração no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que tramitam no Congresso Nacional mais uma vez foram discutidas em reunião da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Paraná. Este foi o segundo debate sobre o tema aqui no Paraná e uma das várias ações promovidas no país pelo deputado federal Aliel Machado (REDE-PR) para ouvir as sugestões e críticas de especialistas e autoridades que atuam na proteção dos direitos da criança e do adolescente.
Segundo o presidente da comissão, deputado estadual Tadeu Veneri (PT), a intenção do debate é entender o que está sendo proposto e coletar informações para dar continuidade nas discussões em âmbito estadual.
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Entre os mais de 60 projetos de lei em análise pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, os que propõem o aumento do período de internação dos adolescentes infratores e a transferência para o sistema penitenciário dos jovens que completam 18 anos durante o cumprimento de medida socioeducativa estão entre os que mais preocupam. Relator da Comissão Especial, o deputado federal Aliel Machado, defendeu a adoção de uma diferenciação de idade e de tipo de crime para definição das medidas socioeducativas.
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Para o procurador de justiça Olympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção aos Direitos Humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente não necessita de modificações, mas sim da efetivação de suas medidas para garantir as necessidades básicas da criança e do adolescente.
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Já o desembargador Ruy Muggiati, presidente do Conselho de Supervisão dos Juízos da Infância e da Juventude, ressaltou a importância de fortalecer as medidas socioeducativas aplicadas em liberdade e da qualidade dos serviços que atendem as crianças e adolescentes.
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Atualmente, o adolescente em conflito com a lei está sujeito à internação de seis meses a três anos em instituição de socioeducação. Além de manter os prazos, o deputado federal Aliel Machado afirmou que o relatório vai indicar a obrigatoriedade da presença da Defensoria Pública em todas as fases do processo, a manutenção da exigência de reavaliação periódica dos adolescentes internados e o aumento da pena para adultos que praticam o crime de aliciamento de menor.
Da Assembleia Legislativa do Paraná, repórter Kharina Guimarães.