Avanços da pesquisa e inovação durante a pandemia são debatidos em audiência pública Ações das universidades, laboratórios e institutos paranaenses em parceria com a iniciativa privada foram o assunto do encontro promovido pelo deputado Emerson Bacil (PSL).

05/07/2021 12h08 | por Trajano Budola
Audiência pública debateu a inovação no processo de produção de vacinas no país.

Audiência pública debateu a inovação no processo de produção de vacinas no país.Créditos: Reprodução Zoom.

Audiência pública debateu a inovação no processo de produção de vacinas no país.

O papel das universidades, laboratórios e institutos paranaenses na pesquisa e inovação durante o período da pandemia da Covid-19 foi debatido em uma audiência pública da Assembleia Legislativa do Paraná na manhã desta segunda-feira (5). Durante a reunião remota, promovida pelo deputado Emerson Bacil (PSL), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, foram listadas as ações como desenvolvimento de vacinas e testes contra a doença por profissionais paranaenses.

“A pandemia suscitou uma corrida por vacinas a nível mundial. Várias tecnologias possibilitaram desenvolver diferentes tipos de vacinas. O Brasil está entre estes países que têm estudos internacionais com duas vacinas multicêntricas”, afirmou o deputado Emerson Bacil ao citar iniciativas de universidades brasileiras, entre elas a desenvolvida pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O Secretário de Pesquisa e Formação Científica do Ministério Ciência e Tecnologia (MCTI), Marcelo Morales, explicou as ações da pasta no desenvolvimento de ações de monitoramento de vírus no meio ambiente. Ele falou sobre os investimentos do Governo Federal até agora. “Foram R$ 1 bilhão para pesquisa e inovação”, afirmou.

Segundo ele, 400 mil testes de pesquisa foram desenvolvidos em 13 universidades no Brasil. “Temos tecnologia para produção e envasamento de insumos. Investimos em 15 estratégias de vacinas contra o Coronavírus, inclusive uma desenvolvida no Paraná, nanotecnologia aplicada contra a Covid-19”, frisou o representante do Governo Federal.

Para o presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, os avanços na base de transferência de tecnologia nos últimos meses devem permanecer nos laboratórios públicos nacionais. “Hoje temos a atenção voltada ao Covid, mas existem outras oportunidades de desenvolvimento. Somos um dos poucos estados onde existe constitucionalmente investimento em ciência e tecnologia, nosso ICT e universidades estão em avanço constante e necessário”, disse.

Lucas de Paula Ribeiro, presidente da Associação das empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Paraná (Assespro/PR), frisou que o Paraná tem o quarto maior volume de empresas de desenvolvimento de softwares do Brasil.

Esta informação foi complementada por Fabricio Luz Lopes, gerente executivo de Tecnologia e Inovação da Federação das Indústria do Paraná (Fiep). Ele cobrou investimentos na estrutura pública de pesquisa e desenvolvimento. “Temos feito articulação com uma rede de mais de 60 instituições no Brasil em parceria com universidades, onde se inicia todo o processo de inovação. As fundações aplicam esta tecnologia, com viabilidade econômica e depois a iniciativa privada que leva a tecnologia ao mercado e população”, explicou.

Segundo o assessor para Assuntos Institucionais e Internacionais da Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI), Luiz Paulo Mascarenhas, os laboratórios das universidades paranaenses foram capacitados para os testes de detecção da Covid e os hospitais universitários tiveram ações de tratamento e pesquisas tanto em medicamentos quanto às vacinas, como a CoronaVac e Astrazeneca. “Tivemos chamadas abertas em parceria com a Fundação Araucária para pesquisa e extensão na área da Covid”, disse.

Ele falou ainda da vacina paranaense. “Precisamos ressaltar o apoio à UFPR, Tecpar e Fundação Araucária para a vacina paranaense, que está em estágio pré-clínico. Temos ainda na Universidade Estadual de Maringá o teste de Covid apenas com saliva, menos invasivo. A grande inovação é o Vale do Genoma, direcionado à capacidade e análise humana, principalmente ao Covid, mas determinado a trabalhar no Agrotech e pecuária, na saúde humana, animal, e melhoria da qualidade alimentar no Paraná e Brasil”, listou.

Gerson Koch, diretor de Administração e Finanças da Fundação Araucária, falou das oportunidades de pesquisa durante a pandemia. “Oito mil doutores dos quais seis mil trabalham em universidades estaduais. Nossa plataforma digital nos dá condições de saber o que cada um deles faz e trazê-los para trabalhar em esforços com o Governo, empresas e indústria com menos recursos em ações que modificam nosso território”, explicou.

O gerente de inovação da Companhia de Tecnologia de Inovação e Comunicação do Paraná (Celepar), Reginaldo Santos, falou do apoio no combate junto à SETI e Secretaria de Estado da Saúde (SESA). “Todos os paranaenses já utilizaram algum serviço da companhia, mesmo sendo uma empresa meio. Nossa missão é ajudar o Governo do Estado com ações, como telemedicina e tele aula. O Paraná lançou no início da pandemia o Cartão Comida Boa que foi operacionalizado pela Celepar”, afirmou.

A Coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SESA, Acácia Maria Lourenço Nasr, explicou que paralelamente à vacinação contra a Covid-19, outras ações de imunização ocorrem no estado. “São 19 vacinas em circulação no Paraná, entre elas a do sarampo. É uma cobertura ampla em todo o estado”, disse.

 

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