A Comissão de Finanças da Assembléia Legislativa aprovou nesta quarta-feira (14) duas mensagens do Governo do Estado que prevêem investimentos nas áreas de ciência e tecnologia e ao programa de apoio aos arranjos produtivos locais. Foram autorizadas a contratação de empréstimo junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) no valor de US$ 10 milhões e abertura de créditos de R$ 6,5 milhões ao Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) e ao Fundo Estadual de Saúde (Funsaúde). As duas propostas tiveram parecer favorável dos relatores e foram aprovadas por unanimidade pelos cinco membros da comissão: Edson Strapasson (PMDB), Reni Pereira (PSB), Luiz Nishimori (PSDB), Elton Welter (PT), Dobrandino Silva (PMDB), Antonio Belinatti (PP) e Élio Rusch (DEM). “Agora os projetos estão aptos para ser votados no plenário o que deve ocorrer na próxima semana, já que estamos a poucos dias do recesso parlamentar”, disse o líder do Governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB). Para ciência e tecnologia estão previstos o aporte de R$ 3,5 milhões ao Tecpar e R$ 3 milhões ao Funsaúde. “Os recursos serão usados para capacitar o Tecpar com instrumentos, ferramentas e também para capacitação dos pesquisadores. Já o Fundo de Saúde irá recuperar e modernizar suas instalações para investir na pesquisa e produção de novas vacinas”, disse Romanelli. O deputado argumenta que ao investir na produção e desenvolvimento de vacinas, por exemplo, o Paraná deixa de ser refém das grandes indústrias farmacêuticas, “que lucram bilhões de reais do dinheiro público todos os anos”. ARRANJOS PRODUTIVOS - O empréstimo de US$ 10 milhões junto ao BID será utilizado para financiar o Programa de Apoio aos Arranjos Produtivos Locais no Estado do Paraná (Proapi). O valor global estimado do programa é de US$ 16,6 milhões. O Governo do Estado entrará com US$ 1 milhão, outros US$ 2,8 milhões serão investidos pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) e mais US$ 2,8 milhões pelo Sebrae-PR (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná). “É o primeiro programa voltado ao desenvolvimento de arranjos produtivos no Brasil com participação financeira da iniciativa privada aceito pelo BID”, disse Romanelli. O projeto de lei, segundo a justificativa, tem como objetivo principal a redução dos efeitos sociais provocados pelo desequilíbrio regional no Paraná, resultante da concentração dos investimentos industriais de grande monta na Região Metropolitana de Curitiba e em outros poucos núcleos urbanos. No Paraná, o Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) identificou 114 aglomerações industriais com características de Arranjos Produtivos Locais (APLs), apresentando maior ou menor grau de estruturação. O número de pessoas empregadas nesses agrupamentos, segundo a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2003, corresponde a 35% do número total do setor industrial do Estado. “Esse contingente de paranaenses está presente em todas as regiões, convergindo, portanto, com a política de desenvolvimento definida no atual plano de governo do Paraná, o qual recomenda uma distribuição mais equilibrada da riqueza”, aponta Romanelli.
