Buscar no Portal ALEP
Filtrar resultados

CPI dos Migrantes ouve representantes do Departamento de Direitos Humanos da SEJU e da Cáritas Brasileira

Os deputados da CPI puderam conhecer as ações promovidas em prol dos refugiados e as principais demandas dos migrantes que vivem no estado.


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Migrantes e Refugiados da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), presidida pelo deputado Hussein Bakri (PSD), ouviu na manhã desta quarta-feira (29) representantes do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania da Secretaria de Estado do Trabalho, Justiça e Direitos Humanos (Seju), do Conselho Estadual dos Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná e da Cáritas Brasileira – Regional Paraná. Durante duas horas os participantes apresentaram ao relator da CPI, deputado Cobra Repórter (PSD), as ações realizadas em prol dos refugiados e também as principais demandas da população de migrantes localizada no estado do Paraná.

A diretora do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania da Seju, Regina Bley, afirmou em sua participação que um dos grandes desafios para as entidades envolvidas com o tema é fazer um levantamento exato do número de migrantes instalados no Paraná. “Não temos números exatos. A Secretaria está levantando esses dados. É um trabalho longo na medida em que os migrantes e refugiados entram no estado de várias maneiras. Muitos deles chegam ao Paraná e ao Brasil e não acionam as redes sócio-assistenciais, entidades e órgãos públicos”, afirmou.

Elizete Santana Oliveira, representante da Cáritas Brasileira – Regional Paraná, ressaltou que para a execução de um plano eficaz para o apoio aos migrantes é fundamental a realização de um mapeamento do número de refugiados que hoje vivem no estado. “Se as entidades que atuam têm esse mapeamento em mãos, facilita muito a implementação de políticas pública inclusivas. Nós, da sociedade civil organizada, partimos do princípio de que atrás de cada número há um ser humano. Então é importante fazer um mapeamento, mas vale sempre lembrar que há pessoas em busca de uma vida digna por trás desses números”, apontou.

Dificuldades – A vice-presidente do Conselho Estadual dos Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná, Fátima Yokohama, afirmou que as principais dificuldades sofridas por pessoas migrantes no Paraná e no Brasil são as questões da língua e da revalidação de diplomas universitários. “O conselho já percebeu que o aprendizado da língua portuguesa dificulta a vida dos migrantes. A barreira da língua não permite a inserção social, mas ela também dificulta o acesso ao trabalho. A partir do momento que um migrante não tem o conhecimento da língua, ele não entende nossas leis trabalhistas. E isso implica em casos de tráfico de pessoas e até trabalho escravo. Sobre a revalidação dos diplomas de ensino superior, nós não encontramos ainda uma legislação mais apropriada que dê conta de agilizar os processos de revalidação. Essa demora ainda é um desafio que temos pela frente”, disse.

O deputado Hussein Bakri considerou a reunião positiva e afirmou que a Assembleia Legislativa, por meio da CPI, poderá contribuir com as políticas públicas realizadas no estado em prol dos migrantes e refugiados. “Nesta reunião conseguimos juntar informações importantes. Agora, junto com as entidades, vamos organizar um cronograma de trabalho para aprofundar o debate sobre o tema e saber como a Assembleia pode ajudar nessa questão. Sabemos que existem demandas importantes na área do Trabalho e da Educação. Então, colhendo os dados necessários, através de reuniões e audiências públicas em todo o Paraná, os deputados membros da CPI poderão promover políticas eficazes para essas pessoas que chegam ao nosso estado querendo contribuir”, conclui Bakri.

 

Áudio não disponível no momento.



 

Assembleia Legislativa do Estado do Paraná © 2019 | Desenvolvido pela Diretoria de Comunicação