15/05/2008 19h58 | por Osni Gomes - (41) 9161-5680
Quase 1.500 alqueires estão reservados para a construção do gigantesco aeroporto de cargas.Uma área de 35 mil metros quadrados na região do Alto do Amparo, a 20 quilômetros de Ponta Grossa, acaba de ser decretada de interesse e de utilidade pública, pelo prefeito Sinval Silva, de Tibagi, e pode se transformar na sede do Aeroporto Internacional dos Campos Gerais, o maior terminal de cargas do Brasil. O documento assinado ontem (15/5) também pelo deputado estadual Marcelo Rangel e na presença de várias autoridades regionais e empresários investidores, facilita para que a Companhia Aeroportuária Vale do Tibagi - CAVT, que está sendo criada, adquira o terreno e possa imediatamente iniciar a construção deste gigantesco empreendimento.Há vários meses estão sendo realizados estudos de viabilidade para encontrar um terreno ideal e o município de Tibagi, vizinho de Ponta Grossa, um dos maiores do Paraná, terá o privilégio de receber o empreendimento, que ao mesmo tempo contemplará Ponta Grossa e todos os municípios dos Campos Gerais, pela proximidade e por estar dentro dos cronogramas aeronáuticos exigidos para uma obra de tamanho porte.São ao todo 1.466 alqueires para uma obra que será de Ponta Grossa, Tibagi, do Paraná e de toda a América do Sul, conforme vem comentando o empresário Édison Morosowski, que está à frente dos estudos técnicos do Aeroporto, referindo-se a importância que tomou a iniciativa. “O que vamos ter neste local não é um aeroporto que dependa diretamente de movimento mínimo para se expandir, pois ele próprio será auto-sustentável, aglutinando para a região o grande filão de produções que serão destinadas ao Mercosul e outros continentes, tanto na entrada como na saída de mercadorias”, explica Morosowski, lembrando que em cinco anos, se todos os investimentos previstos forem carreados, já será possível o aeroporto estar em plena operação.Para todo o processo de construção, que deve levar de 5 a 10 anos, o Aeroporto Internacional dos Campos Gerais poderá utilizar mão-de-obra regional, com uma empresa técnica responsável por toda a orientação. “O que se pretende com esse investimento é utilizar o máximo possível a mão-de-obra regional, oportunizando empregos e gerando receita que vai ficar concentrada nos Campos Gerais, notadamente em Ponta Grossa e Tibagi”. A operação do Aeroporto, mesmo quando ele estiver parcialmente concluído em sua primeira etapa, o que deve demorar no mínimo quatro anos, será extremamente positiva para a economia regional. O prognóstico de Morosowski é de que as cidades ao seu entorno comecem a adquirir um dos melhores padrões de vida, a exemplo de cidades do primeiro mundo. “E isso vai independer do aumento de sua população”, deduz ele.O deputado Marcelo Rangel comemorou o desenvolvimento dos estudos, que ocorrem de maneira rápida e eficiente. “Serão cerca de 250 mil pousos e decolagens de aeronaves de grande porte por ano, já na primeira etapa e quando estiver com as quatro pistas previstas concluídas, poderá chegar a 700 mil pousos e decolagens anuais, classificando-se entre os dez maiores aeroportos do mundo. Isso significa uma média de 80 aeronaves/hora em atividades de pico”, exemplificou.O investimento desta obra, que prevê um sítio de quase 1.500 alqueires para o seu projeto definitivo, torre de controle, armazenamento, terminais de socorro, ILS e radar é em torno de R$ 1 bilhão, sendo que já na primeira fase estão sendo alocados aportes de R$ 206 milhões vindos totalmente da iniciativa privada.