Deputado Péricles de Mello (pt)

21/05/2008 08h54 | por Luis Otávio Dias / 41 3350-4250 - 9621-2141
Em pronunciamento na tribuna da Assembléia Legislativa, nesta terça-feira, dia 20, o deputado estadual Péricles de Mello (PT) reforçou seu apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e voltou a condenar a violência praticada contra acampamentos do Movimento. Péricles criticou nos últimos dias o ataque recente contra aproximadamente 400 famílias do Acampamento Primeiros Passos ligado ao MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) que ocupavam área próxima às margens da BR 369, entre Cascavel e Corbélia, na região Oeste.O deputado denunciou na tribuna a ação de milícias privadas armadas que no período de um ano já fizeram quatro ataques contra acampamentos na região, causando a morte de uma liderança do Movimento no ano passado. Conforme denúncia de integrantes do Movimento, Péricles destacou que milícias privadas voltaram a atacar os trabalhadores, na região Oeste, há duas semanas, durante a madrugada, destruindo plantações, uma igreja e uma escola construídas no local. De acordo com a denúncia, um dos seguranças presos trabalhava para a Sociedade Rural do Oeste do Paraná. O deputado disse, durante seu discurso, que muitas lideranças da sociedade civil organizada e religiosas, na região, se manifestaram em favor da condição dos assentados, atitude que está motivando ameaças contra alguns militantes. Segundo denúncia da coordenação nacional do MLST que chegou às mãos de Péricles, lida em plenário, informa que pistoleiros que atuam na região, presos durante ataque ao acampamento do MLST em Cascavel, foram libertados no último dia 15 de maio. E que no mesmo dia, à noite, Glades Helena Rossi, mulher do companheiro Joaquim Ribeiro, recebeu uma ligação ameaçando seu marido. Conforme denúncia, há pessoas infiltradas pelos ruralistas no acampamento Primeiros Passos para agirem contra Joaquim e o amigo Celso do MST. Segundo relatado ao deputado, ocorre também que Luiz Carlos Gabba, reverendo da Igreja Anglicana e membro da Comissão Pastoral da Terra, já vem sofrendo ameaças há mais tempo.Péricles considerou o ataque agressivo e irresponsável, já que a área na fazenda ocupada pelas famílias, estava sendo negociada pelo proprietário e o Incra, para a realização de reforma agrária.O deputado quer levar o caso à Secretaria de Estado de Segurança Pública para que essas milícias privadas sejam investigas pelo poder público, além de evitar novos confrontos e preservar a segurança das famílias de assentados. ExclusãoPéricles relatou a dificuldade que famílias desprovidas propriedades têm em solidificar movimentos legítimos de ocupação de terras. “Trata-se de um assunto que faz parte de um Brasil do dia-a-dia das pessoas, por isso me coloco ao lado dos que lutam a favor da reforma agrária” disse o deputado. Péricles lembrou o que dizia um grande sociólogo brasileiro, José de Souza Martins, há época da escravidão. “O Homem era prisioneiro e a terra era livre. Período da história do Brasil que se iniciou o processo da concentração de terras nas mãos de poucos. Após a abolição da escravatura (1888), momento em que o homem se liberta, a terra passa a ser prisioneira. Sem posses os escravos não têm condições de adquirir propriedades”, disse Péricles, citando o filósofo. Segundo o deputado, de lá para cá, houve um processo contínuo de exclusão de terras aos menos favorecidos.

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