Informatização dos serviços de saúde é aposta para gestão mais eficiente e maior controle dos cidadãos Ministro da Saúde pediu apoio dos deputados estaduais no processo de conscientização dos prefeitos sobre a importância das novas tecnologias.

08/06/2017 12h54 | por Kharina Guimarães.
Ministro da Saúde, Ricardo Barros foi o palestrante do painel "Saúde Pública no Brasil" em Foz do Iguaçu.

Ministro da Saúde, Ricardo Barros foi o palestrante do painel "Saúde Pública no Brasil" em Foz do Iguaçu.Créditos: Dálie Felberg/Alep

Ministro da Saúde, Ricardo Barros foi o palestrante do painel "Saúde Pública no Brasil" em Foz do Iguaçu.

A tecnologia é a grande aposta do Ministério da Saúde para otimizar a aplicação dos recursos públicos em um dos setores de maior demanda por parte da população. A proposta de informatização da gestão da saúde foi apresentada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), durante a 21ª Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais que acontece em Foz do Iguaçu. O painel "A Saúde Pública no Brasil" também serviu de vitrine para experiências de sucesso que têm evitado a judicialização das demandas da população e, consequentemente, a economia de recursos. 

Os parlamentares estaduais serão os principais aliados do Ministério da Saúde para que esse processo de informatização chegue a todos os municípios do Brasil. "A saúde é sempre o maior problema apontado pelas pesquisas e representam um investimento muito significativo: 8% do Produto Interno Bruto vai para a saúde. Os municípios chegam a gastar de 25% a 30% dos seus recursos em saúde. Eu quero contar com o apoio dos deputados como líderes dos seus prefeitos para que nossos projetos de informatização e de avanço da modernização da gestão da saúde tenham repercussão", afirmou o ministro. 

A inclusão de todas as informações em um sistema integrado facilita não apenas a gestão dos recursos e serviços, mas também um controle mais efetivo por parte da sociedade. Por meio de um aplicativo para celular, o cidadão poderá acompanhar o passo a passo das solicitações de consultas, exames e cirurgias. "Estamos avançando efetivamente para um novo patamar de qualidade de atendimento à saúde. A saúde estará na mão do cidadão em um aplicativo onde ele vai saber o seu lugar na fila de exame, de cirurgia, a hora da sua consulta. Se decidir cancelar, ele vai poder fazer pelo aplicativo e outro paciente será chamado também pelo aplicativo". 

Segundo o ministro, a participação do cidadão nesse processo de forma ativa é a aposta para acabar com o desperdício de dinheiro em decorrência de faltas ou do abandono do tratamento. "Hoje perdemos muitos recursos, porque 30% das consultas especializadas são desperdiçadas por não comparecimento, 80% dos exames de imagem apresentam resultado normal e 50% dos exames laboratoriais não são retirados pelos pacientes".

Em pouco mais de um ano à frente da pasta, Barros conseguiu economizar R$ 3,2 bilhões com a adoção de métodos modernos de gestão. Outro avanço significativo foi o aumento no atendimento das emendas parlamentares com destinação de recursos para estados e munícipios. O ministro também destacou o fortalecimento das ações preventivas, como o combate à dengue e ao zika vírus, e a ampliação da vacinação.

Conciliação – Uma das práticas que tem colaborado com a redução dos custos da saúde pública é a implantação das Câmaras de Resolução de Litígios de Saúde. O grupo comandado pela Defensoria Pública é formado por profissionais dos mais diferentes setores, que têm a função de avaliar as necessidades dos pacientes e encontrar soluções que evitem a proposição de ações judiciais para garantir o atendimento médico solicitado. "Nada mais é do que uma atuação multidisciplinar que vem não só trazer benefícios ao Estado, por meio da economia de recursos, evitando sequestros judiciais, mas também traz mais satisfação ao usuário, que terá um aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde, por meio do atendimento da sua demanda. Possibilita também ao gestor uma previsão de recursos para a elaboração de políticas públicas adequadas", explicou o defensor público do estado do Sergipe, Saulo Lamartine Macedo.  

A Defensoria Pública do Estado do Sergipe tem um projeto piloto da câmara que tem atingido excelentes resultados. Um dos exemplos apresentados pelo defensor foi o de um exame que, na rede privada, custaria R$ 200 mil. A Câmara de Resolução de Litígios encontrou uma alternativa com os mesmos resultados, por R$ 880, na tabela SUS.  

A câmara pioneira no país é a do Rio de Janeiro, que tem um índice de sucesso de 84% nas negociações envolvendo procedimentos cirúrgicos, e 90,28% nos casos de medicamentos. 




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