A população vai votar sobre o desarmamento desinformada, mal instruída e vai acabar definindo o voto pelo lado emocional. A avaliação é do deputado Valdir Rossoni (PSDB). “Eu quero dizer que não tenho subsídios suficientes para tomar esta decisão, imaginem a população. O plebiscito é inoportuno. Estão querendo resolver um problema, quando o País tem questões mais urgentes, como ampliar geração de emprego, por exemplo”, disse o líder da bancada de oposição. CasuísmoO plebiscito sobre desarmamento está marcado para 23 de outubro. De acordo com Rossoni, esta questão deveria ser mais aprofundada. “Nós políticos temos mania de criar leis em cima de problemas, o que está errado. Este referendo é mais uma lei que não vai pegar”, prevê. O parlamentar fez uma ressalva sobre o posicionamento de seus colegas sobre a questão, como a caso do deputado Élio Rusch (PFL), que é contra o desarmamento ou o deputado Ratinho Júnior, que está à frente da campanha de desarmamento no Paraná.Vendas em baixaUma das justificativas de Élio Rusch contra o desarmamento é o baixo número de armas fogo comercializadas no Brasil. De acordo com informações do deputado, de janeiro de 2004 a abril de 2005, a Taurus teria comercializado 1.396 armas de fogo, enquanto a CBC teria vendido outras 2.124 no mesmo período para pessoas físicas, o que totaliza 3.500 armas vendidas em todo o País.O tema do referendo sobre desarmamento dominou as discussões ontem na Casa, especialmente pela presença do deputado federal, Raul Jungman, que defendeu o desarmamento em discurso na Assembléia.“É de assustar ver um deputado que já foi ministro, empolgado fazendo a defesa de algo em que 70% da população tem dúvida, sobre se é certo ou não o desarmamento.”