Na semana “Todos Contra a Pedofilia”, delegada orienta sobre sinais e como denunciar

13/05/2021 09h42 | por Cláudia Ribeiro
Podcast Somente no primeiro trimestre de 2021 foram registradas 1072 ocorrências de abuso sexual cujas vítimas são crianças e adolescentes.

Somente no primeiro trimestre de 2021 foram registradas 1072 ocorrências de abuso sexual cujas vítimas são crianças e adolescentes.Créditos: Arte: Vinícius Leme/Alep

Somente no primeiro trimestre de 2021 foram registradas 1072 ocorrências de abuso sexual cujas vítimas são crianças e adolescentes.

Segundo dados do Relatório de Análise Criminal do Centro de Análise, Planejamento e Estatística (CAPE), órgão oficial que regulamenta a parte estatística das polícias no estado, a cada dia, 12 crianças e adolescentes são abusados sexualmente no Paraná. De acordo com a delegada do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes de Curitiba (Nucria), Ellen Victer, apesar dos altos números, houve redução dos crimes no primeiro trimestre de 2021 em relação a 2020. Nesse período, foram registradas 1072 ocorrências neste ano contra 1210 no mesmo período do ano passado, mas a delegada não comemora. Atribui a queda à subnotificação.

(Sobe som)

Para conscientizar a população sobre a necessidade de se denunciar esses casos de violência sexual e, principalmente, estar atenta ao comportamento de crianças e adolescentes para saber identificar o que está ocorrendo, desde o ano de 2013 uma lei estadual instituiu a “Semana Estadual Todos Contra a Pedofilia”, entre os dias 13 e 18 de maio. A lei 17637/2013, apresentada na Assembleia Legislativa do Paraná pelo deputado Gilson se Souza (PSC) e pelo então deputado Paranhos (PSC), tem o objetivo de lembrar a população que ela pode ajudar, por meio de informação, orientação, palestras, audiências públicas, seminários, conferências ou eventos educativos, afirma Gilson de Souza.

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A delegada Ellen Victer considera importante campanhas como essa, porque diz que elas reforçam a necessidade de se agir preventivamente.

(Sobe som)

Entre as principais ocorrências que chegam ao Nucria estão estupro de vulnerável, importunação sexual, aliciamento de criança para a prática de ato libidinoso, mas independentemente da ação, os números são assustadores.   A delegada Ellen Victer também orienta aos pais e responsáveis que observem as atitudes dos pequenos, que vão de uma mudança de comportamento a problemas de saúde.  O alerta também vale para além do uso de computadores e redes sociais, mas para dentro de casa e nas proximidades. O deputado Gilson de Souza lembra que muitas vezes, na vida real, o agressor pode ser uma pessoa próxima da vítima, da família da vítima.

O caso recente da morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro, é um exemplo, porque trouxe a luz essa questão de prestar atenção ao comportamento da criança.

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Ainda sobre a morte do menino Henry, caso a mãe, ou a babá tivessem denunciado o padrasto, o desfecho poderia ter sido diferente. As denúncias podem, inclusive, ser anônimas, através do Disque 100 ou o 181. E ainda, o Nucria em Curitiba, tem um número de telefone de plantão para orientar as pessoas. É o: 41-3270-3370.

Para a delegada Hellen, o diálogo é a forma mais sensata de verificar se está ocorrendo um crime contra uma criança ou adolescente. E alerta ainda que com as crianças o direcionamento tem que ser mais rigoroso.

(Sonora)

 Outra lei estadual, a 18.798/2016 apresentada pelo deputado Ricardo Arruda (PSL), também reforça, o alerta contra a pedofilia. A legislação determina que durante o mês de maio seja exibido, nas salas de cinema do estado, um filme publicitário de advertência contra a pedofilia e a prática do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Eles deverão mencionar o serviço Disque 181.

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