Preservar é preciso, é necessário e a proposta já vem com muito atraso, poishoje nosso ecossistema acumula as perdas sofridas pelas pressões para seudesenvolvimento através de um uso completamente inadequado.A reação contrária é desproporcional e toma conta dos meios de comunicação comose a classe produtiva do Paraná tivesse posição contrária à implantação dasreferidas unidades. Há empresários sérios e comprometidos com o desenvolvimentosustentável do nosso estado, com respeito ao meio ambiente. Uma minoria,representante de uma visão equivocada, geradora do mundo ambientalmentedesequilibrado, aproveita-se da desinformação de outros tantos e de formatruculenta ataca governos, políticos, cientistas e militantes de uma causajusta e urgente. Este é o cenário atual, mas a razão e a verdade começam aaparecer.Algumas posições como as tomadas por representantes da FAEP E FIEP me causamestranheza. Hoje demonstram estar contrários à medida preservacionista, masquando as discussões foram realizadas participaram do grupo de trabalho que aprovou os procedimentos ora adotados. Acredito que é preciso ter o mínimo de responsabilidade por parte tanto do empresariado quanto da classe política evitando-se assim cair no descrédito tão comum nos nossos dias.Este tipo de manifestação feita por alguns empresários nada mais é que uma lutapolítica inconseqüente, principalmente quando é feita por dirigentes de talquilate e com métodos desleais.O sinal de alerta se acendeu ao constatarmos que existe apenas 0,8% dosremanescentes de florestas de Araucárias em vários estágios no Paraná, o quecomprova a devastação sofrida principalmente nos dias de hoje, onde defender oMeio Ambiente é uma opção de sociedade moderna.Pela proposta desenhada pelo Ministério do Meio Ambiente com a parte técnicaelaborada pelo Ibama serão criadas cinco áreas protegidas no nosso Estado, oParque Nacional dos Campos Gerais, os refúgios de vida silvestre do Rio Tibagi edos Campos de Palmas e as reservas biológicas das Perobas e das Araucárias quejuntas somam 98.252 hectares.Para termos uma noção da devastação, dos 20 milhões de hectares da chamadaFloresta Ombrófila Mista, que faz parte da Mata Atlântica nas regiões Sul eSudeste, constatou-se que nos dias de hoje esta reserva não passa de 3%, sendoque 0,4% dela, de cobertura original protegida incluindo regiões com camposnativos.Quando discutimos as opções para escolha dos locais é preciso informar asociedade de maneira geral, que grupos de trabalho percorreram o Paraná antesde deliberarem acerca das áreas envolvidas.No Paraná serão várias as espécies de árvores preservadas com a medida, comocanela-sassafrás, canjerana, canela-preta, imbuia e xaxim, e de animais comogralha-azul, lobo-guará, anta, papagaio-do-peito-roxo e onça pintada queencontram abrigo nessas matas.Devemos pensar também que as futuras gerações serão beneficiadas, pois aconservação garante a qualidade da água que abastece a região.Em 2005 o Paraná teve uma quebra na safra de grãos que atingiu 18%, portantomais uma vez acendeu-se a luz verde para que medidas como esta vigorem acabandocom o desequilíbrio ambiental.Aos moradores das regiões atingidas é preciso dizer que a falta de informaçãoestá distorcendo e criando uma imagem errada desse benefício.Dos 96 mil hectares em áreas de proteção que serão criadas apenas seis milhectares são formados por áreas produtivas e destes, 48 mil são áreas públicas,portanto não há motivo para alarde.Para quem se preocupa com a chamada “área de entorno” do Parque Nacional de até10 quilômetros, é preciso dizer que as atividades agrícolas, pecuárias oumadeireiras poderão ser mantidas, o único senão é o controle rígido do uso deagrotóxico.Das 59 propriedades atingidas, apenas 32 sofrerão algum tipo de impacto segundodados das entidades ambientais.Governos existem para privilegiar os interesses coletivos, tomar decisões emfavor da maioria. O Governo do presidente LULA decide em favor das futurasgerações.Portanto companheiros de Ponta Grossa, Castro, Tibagi, Carambeí, Imbituva,Teixeira Soares, Ipiranga, Palmeira, Tuneiras do Oeste, Cianorte, Palmas eGeneral Carneiro, temos sim que dar apoio à medida como faz mais de 90% do povo do Paraná. O Paraná está unido com todas as forças políticas para viabilizar a implantação destas áreas de preservação. O Paraná está unido com todas as forças políticas para viabilizar a implantação destas áreas de preservação. No futuro estes espaços garantirão a preservação de espécies em extinção como a Araucária que é a árvore símbolo do Paraná. Hoje temos a oportunidade de preservá-la, pois temos o dever de deixar esta bela herança para o Estado, ou entraremos para a história pela nossa omissão.