A Assembleia Legislativa abriu nesta terça-feira (23), em seu Espaço Cultural, a primeira Mostra “Prata da Casa”, que reúne trabalhos artísticos de servidores do Poder Legislativo estadual. “Com essa iniciativa estamos valorizando os nossos funcionários, dando a oportunidade para que demonstrem toda a sua capacidade, as suas potencialidades, incentivando a arte e a cultura”, afirmou o deputado Ademar Traiano (PSDB), presidente da Assembleia, na cerimônia de abertura da exposição.

De acordo com Traiano, a mostra faz parte de um conjunto de ações que visa aproximar cada vez mais a sociedade e o Parlamento. “Ao abrir esse espaço para a exposição de trabalhos dos servidores estamos ampliando a proposta do projeto, buscando também valorizar os talentos da Casa”, destacou. O presidente lembrou que o Paraná tem grandes e importantes artistas, com trajetórias brilhantes, e também talentos que ainda estão dando os primeiros passos, que merecem ser valorizados. “Estou positivamente surpreso com as potencialidades de nossos funcionários”, confessou Traiano, ao percorrer a exposição.

Talentos – Quem visitar a exposição no Espaço Cultural poderá conhecer pinturas, fotografias e trabalhos artísticos em caligrafia de autoria dos servidores da Assembleia. “É um orgulho imenso participar desta mostra”, disse a jornalista e fotógrafa Dálie Felberg, que falou em nome dos expositores. Ela lembrou que existem muitos outros funcionários talentosos na Assembleia e que agora, com esse projeto, terão a oportunidade de apresentar suas criações ao público. Além das fotos de Dálie, a mostra reúne trabalhos de autoria do repórter fotográfico Nani Gois; do advogado e fotógrafo Bruno Zotto; da artista plástica e calígrafa Maeve Barbalho; e da designer e artista plástica Priscilla Malheiros. A mostra, que permanecerá aberta até o dia 2 de julho, integra a programação do projeto “Cultura na Assembleia”, desenvolvido pela Mesa Executiva, com o objetivo de incentivar e promover a arte e a cultura paranaense.

Fotografia – O repórter fotográfico Nani Gois, que já tem uma consagrada carreira profissional, trouxe para a exposição trabalhos que integram uma mostra permanente do Museu Oscar Niemeyer, intitulada “Museu em Construção”.  Essas fotos documentam a fase de construção do museu, localizado no Centro Cívico.  Ele já atuou em diversos e grandes veículos de comunicação do país, assessorias de imprensa e tem inúmeros trabalhos publicados em várias revistas brasileiras e internacionais, em livros didáticos e de fotografia.

Para esta exposição o jovem Bruno Zotto selecionou quatro imagens de seu acervo pessoal, uma delas inclusive premiada no concurso de fotografias da OAB/PR. Ele conta que abandonou a carreira de advogado para arriscar novos passos na fotografia, e em 2011 formou-se pelo Centro Europeu. Desde então dedica sua vida profissional aos cliques. Em 2013, junto com mais dois outros fotógrafos, participou do Projeto Pará 3x4, que além de cobrir a semana do Círio de Nazaré, em Belém, registrou o cotidiano das comunidades ribeirinhas nos arredores da capital do Pará.

Da jornalista Dálie Felberg estão expostas fotos que registram momentos especiais de um bebê, jovens casais e cenas do cotidiano. Ela lembra que desde menina ficava encantada pela “mágica” das máquinas fotográficas. No curso de Comunicação Social – Jornalismo apaixonou-se ainda mais por essa arte ao conhecer a técnica do processo fotográfico. “Da paixão pelo fotojornalismo veio o desejo de captar emoções cada vez mais intensas. Hoje me emociono ao registrar aqueles momentos que um casal vivencia ao esperar a chegada de um bebê e também com a ansiedade da noiva, momentos antes de entrar na igreja”, revela.

Pintura – As artes plásticas também estão representadas nesta mostra por duas talentosas funcionárias. A jovem Priscilla Malheiros, formada em Design, com MBA de Gestão da Comunicação Empresarial, é também especialista em Media Training na Política, e começou a pintar ainda aos doze anos de idade. Vem de uma família de artistas plásticos. Ela conta que no curso de Design conheceu diversos materiais de expressão artística, desenvolveu estudos de cores, técnicas de utilização de materiais expressivos, apurando o senso estético e passando a se dedicar à pintura da figura humana. Participou de diversas exposições individuais e coletivas no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Quadros seus integram acervos particulares em Roma e Nápoles, na Itália. Entre seus professores estão Fernando Calderari, Ingo Moosburger, Fernando Bini, Vandecy Crema e Maria Inês Asinelli.

Pode-se dizer que o talento para o desenho é coisa antiga para Maeve Barbalho, que escolheu uma profissão incomum: ela é calígrafa. Por isso, bicos de pena, iluminuras e pergaminhos fazem parte do seu cotidiano. Mas foi ainda aos onze anos que começou a desenvolver a aptidão artística por meio de cursos e com o estímulo de Marília, a mãe. Curiosa e disposta a se aventurar pelo aprendizado de vários ofícios, na adolescência fez o curso de heráldica com Jean Villenave, mestre francês que exercia na época a função de calígrafo na Assembleia Legislativa. Deslumbrada com a beleza das letras desenhadas divertiu-se desenvolvendo uma nova habilidade. Cursou Educação Artística na Universidade Federal do Paraná. Depois fez o curso de Licenciatura em Desenho e Pintura na Escola de Belas Artes do Paraná, além de aperfeiçoar-se em Gravura em Metal. A primeira exposição aconteceu em 1982. Outras vieram na sequência, individuais e coletivas, em várias cidades do Paraná. Obras suas foram expostas no Chile e nos Estados Unidos.

Atividades – O Espaço Cultural do Legislativo está localizado ao longo da passarela que faz a ligação entre os prédios da Administração e do Plenário.  Ele foi palco do lançamento do projeto “Cultura na Assembleia”, com uma exposição de obras do artista plástico Celso Coppio. Na exposição foram apresentados quadros que abrangem praticamente todos os 40 anos da carreira de Coppio. Também neste local ocorreu o lançamento do livro-reportagem “Paraná Preto”, que fala sobre a trajetória do movimento negro no estado do Paraná. Segundo as jornalistas Aline Reis e Maria Carolina Scherner, autoras da obra, a publicação promove um resgate histórico e um registro atual da luta das organizações e lideranças contra o racismo e a invisibilidade social.

Servidores interessados em expor suas obras no Espaço Cultural podem entrar em contato com o Cerimonial da Assembleia, responsável pela organização das exposições do projeto “Cultura na Assembleia”, pelo telefone (041) 3350-4007.