Adiada votação de proposta que cria carreiras na Defensoria Pública

21/08/2019 11h04 | por Diretoria de Comunicação com assessoria parlamentar
Deputado Delegado Realcatti questiona criação de cargos com altos salários na Defensoria Pública

Deputado Delegado Realcatti questiona criação de cargos com altos salários na Defensoria PúblicaCréditos: Orlando Kissner/Alep

Deputado Delegado Realcatti questiona criação de cargos com altos salários na Defensoria Pública

Foi adiada, na terça-feira (20) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) por cinco sessões plenárias, a votação do projeto de Lei Complementar 8/2019, proposto pela Defensoria Pública, que visa alterar a legislação da carreira da categoria. O pedido de adiamento foi formulado pela liderança do Governo após pronunciamento do deputado Delegado Recalcatti (PSD) que questionou o impacto das mudanças sobre a folha de pagamentos do estado.

“Se não ficarmos atentos, ampliaremos ainda mais o fosso do abismo social, entre carreiras muito atrativas, em claro descompasso com os demais servidores públicos e com a massa de trabalhadores da iniciativa privada”, afirmou Delegado Recalcatti. De acordo com o parlamentar, o PLC adiciona duas novas carreiras às três hoje existentes e extingue o adicional por tempo de serviço, cujo pagamento seria “diluído” no subsídio dos defensores públicos.

“Substancialmente, o que vejo na proposta é que se busca mudar a carreira com a criação de mais duas categorias, incluindo assim, uma nova categoria de base e outra no topo”, explicou. “Além disso, extingue o chamado adicional por tempo de serviço sendo esta verba diluída no subsídio”. Atualmente, os defensores públicos se dividem em 1ª, 2ª e 3ª categorias. Pela proposta, o quadro funcional do órgão passaria a ter as categorias Especial, 1ª, 2ª, 3ª categorias e Defensor Substituto, sendo esta a classe de entrada.

Segundo Delegado Recalcatti, pelos dados remetidos pela Defensoria Pública na justificativa do PLC, a proposta provocará algumas distorções, em especial, com a diluição do adicional por tempo de serviço nos subsídios da categoria. “Assim, como há a extinção do tempo de serviço, com a diluição no subsidio, o que deverá ocorrer é um aumento efetivo do impacto para 2020 da ordem de quase 14% sobre a remuneração dos Defensores Públicos com a efetivação da Lei para o ano que vem”, afirmou.

Com isso, o subsídio de um defensor da 2ª categoria passaria de R$ 16.854,95 em julho deste ano para R$ 20.478,76 em janeiro de 2020, se o PLC for aprovado. “Já temos um problema grave que são as altas remunerações dos membros do Poder Judiciário e do Ministério Público”, disse, manifestando preocupação com a criação de cargos de altos salários na estrutura do governo. “Reconheço a importância da Defensoria, senhores deputados, mas não podemos deixar passar em branco esta discussão, diante do recente debate sobre a data-base”.

Com a retirada de pauta, o governo ficou de apresentar aos deputados as justificativas do PLC nos próximos dias.

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