Assembleia discutiu os direitos das populações indígenas Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde.

03/12/2019 15h57 | por Thais Faccio
Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúdeCréditos: Kleyton Presidente/Assembleia

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde.Créditos: Kleyton Presidente/Assembleia

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde.

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde.Créditos: Kleyton Presidente/Assembleia

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde.

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde.Créditos: Kleyton Presidente/Assembleia

Proposto pelo deputado Goura (PDT), o evento reuniu a comunidade indígena que reivindica atenção à demarcação das terras, a educação e a saúde.

Para dar voz e visibilidade às necessidades dos povos indígenas do Paraná, o deputado Goura (PDT) promoveu, nesta terça-feira (03), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná, audiência pública para discutir ‘Os Direitos das Populações Indígenas’.  “Devemos preservar nossas raízes. Os povos indígenas, guardiões do Paraná, resistem há mais de 500 anos. Sofreram e sofrem diversos ataques: direitos negados, território tomado, genocídio, descaso e preconceito. Precisamos dar voz e visibilidade às demandas deles”, disse o deputado Goura.

“Temos que escutar estes representantes, discutir os principais problemas enfrentados e encontrar soluções para valorizar as raízes da cultura indígena”, pontuou o deputado, ao destacar que 131 municípios paranaenses possuem nomes indígenas. “Evento muito importante para conhecermos as problemáticas e as dificuldades que estes povos enfrentam”, comentou a deputada Luciana Rafagnin (PT). “Vivemos tempos difíceis, por isso precisamos de união para defender as comunidades indígenas, sua cultura, seus costumes, sua tradição. Contem comigo nesta caminhada”, disse a deputada.

O promotor de Justiça aposentado Luiz Eduardo Canto de Azevedo Bueno destacou a importância do debate e a atenção à causa indígena. De acordo com ele a situação é crítica e entre os problemas a serem enfrentados ele destacou a questão dos índios isolados; das terras que ainda não foram demarcadas, os que estão em “acampamentos sem água e comida como nas cidades de Guaíra, Terra Rica e Santa Helena”; a atenção à saúde dos indígenas que “o governo quer municipalizar”; ao “desmonte” da Funai que precisa de recursos e estrutura para atender. “Temos uma dívida histórica, um ônus com os índios que muito nos ensinaram e fizeram por nós”, afirmou.

Importância do diálogo - “É um momento único e especial para os povos indígenas, especialmente por podermos falar, apresentar as nossas demandas e construirmos juntos políticas públicas”, disse o cacique Eloy Jacintho, da Aldeia Tupã Nhe'é Kretã. “Temos que mostrar tudo o que estamos passando e sofrendo, e juntos procurar meios de garantir a nossa qualidade de vida, de cultura, de costume e de tradição”, afirmou o cacique.

Na mesma linha, o cacique Everton Lourenço, da Aldeia Laranjinha, reafirmou a necessidade de diálogo e falou das maiores dificuldades enfrentadas por eles. “Temos uma luta histórica pela demarcação de terra e também precisamos lutar pela manutenção da saúde e da educação diferenciada, por isso pedimos a manutenção da Secretaria Especial da Saúde Indígena”. Segundo ele, o Governo Federal está promovendo um “desmonte das conquistas e dos direitos”.

O cacique Dionisio Rodrigues, da Aldeia Ilha da Cotinga, de Paranaguá, também defendeu a educação e a saúde diferenciada. “É muito bom sabermos que não estamos sozinhos nessa luta. Antigamente nossa luta era com arco e flecha, agora lutamos com papel e caneta”, observou.  O cacique Setembrino, da Aldeia Kakane Porã, falou da necessidade de união dos povos e da criação da aldeia, única urbana no Estado e localizada no bairro Tatuquara, em Curitiba.

O cacique da Aldeia Araçai, de Piraquara, Laercio da Silva, destacou a importância do debate e o fato de se ter na Casa de Leis uma “porta aberta ao diálogo para falar dos anseios e das necessidades da comunidade”.  Tainara Gamin do Oliveira, da tribo Kaigangue, falou em nome dos estudantes indígenas. Ela que estuda Terapia Ocupacional na Universidade Federal do Paraná (UFPR) pediu atenção especial ao acesso dos indígenas às universidades.

Educação e saúde - O cacique Wagner Almeida, da Aldeia Barão de Antonina, também destacou e pediu uma atenção especial à educação. “A escola da nossa comunidade precisa de reformas e precisamos de uma atenção à nossa saúde”, afirmou. Juliana Kerexu Hirim, da Aldeia Tekoa Takuaty, da Ilha da Cotinga, falou dos retrocessos que estão sendo cometidos com a comunidade indígena com relação à demarcação de terras, saúde e educação. “Espero que esse evento não fique só nas falas, que possamos continuar cobrando, nos fortalecendo e construindo algo de concreto”, afirmou. A cacique Elza Fernandes, da Aldeia Kuaray Haxa, de Antonina/Guaraqueçaba, também espera que isso aconteça. “Precisamos de reconhecimento, de respeito e sermos ouvidos, porque nós que vivemos nas comunidades, somos nós que sabemos o que passamos”, afirmou.

Também participaram do encontro a antropóloga, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Edilene Coffaci de Lima; do Ministério Público do Paraná (MP/PR), o promotor de Justiça, Rafael Osvaldo Machado Moura; pela Funai Mauro Leno e Caroline Wilrich; o professor Carlos Mares e os  caciques Mariano Pereira (Aldeia Guaviraty de Pontal do Sul); Irineu Rodrigues (Aldeia Karaguata Poty de Pontal do Sul); Xamoy (Marcolino da Silva, da Aldeia Araçai de Piraquara); Rivelino Gabriel de Castro (Aldeia Kuarai Haxa); Lalau;  representantes da Aldeia Uvuporãa, entre outros.

Exposição fotográfica - Os visitantes da Assembleia podem conferir a exposição “Paraná Indígena”, com fotografias do acervo fotográfico do Museu Paranaense. Entre as fotos, imagens dos povos Xetá, Kaingang e Guarani do Paraná. A mostra, no Espaço Cultura, fica em cartaz até o dia 13 de dezembro.

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