Para: Editoria de Política e ColunasDistribuído em 05/12/06Os deputados estaduais realizaram nesta terça-feira (05) uma sessão solene em lembrança aos 30 anos da morte do ex-presidente João Goulart. A proposição partiu do deputado estadual Barbosa Neto (PDT). O evento contou com a presença do ex-deputado estadual e federal Léo de Almeida Neves e do deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro Leonel Brizola Neto, que também é sobrinho-neto de João Goulart.Na ocasião, Léo de Almeida Neves se disse honrado pelo fato do Poder Legislativo paranaense lembrar a memória e a história política de João Belchior Marques Goulart, que nasceu em São Borja (RS), em 1º de março de 1918, e faleceu na Argentina, em exílio forçado pela ditadura, em 6 de dezembro de 1976, há 30 anos.História – Jango assumiu a presidência do Brasil em 7 de setembro de 1961, sob o regime parlamentarista, e governou até o Golpe de 1964, em 1º de abril. Seu mandato foi marcado pelo confronto entre diferentes políticas econômicas para o Brasil, conflitos sociais e greves urbanas e rurais. Seu governo é usualmente dividido em duas fase: Fase Parlamentarista (da posse em 1961 a janeiro de 1963) e a Fase Presidencialista (de janeiro de 1963 ao Golpe em 1964).Em seu governo, Jango aprovou leis que garantiam benefícios aos trabalhadores urbanos e rurais. Também procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em alguns setores da economia. Ele manteve uma política externa independente: reatou relações diplomáticas com a União Soviética e se recusou a apoiar a invasão a Cuba, proposta pelo presidente americano John Kennedy.“Pelos avanços empreendidos na esfera econômica, de viés nacionalista, e no campo dos direitos sociais, e pelo desprendimento e renúncia pessoal para não confrontar compatriotas, João Goulart será reconhecido como estadista pelos historiadores do futuro”, destacou Almeida Neves em seu discurso.