Assembleia promove discussão sobre plano de combate à obesidade no Paraná

18/11/2014 15h54 | por
Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Rossoni, durante a sessão plenária nesta terça-feira (18).

Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Rossoni, durante a sessão plenária nesta terça-feira (18).Créditos: Sandro Nascimento (Alep/ crédito obrigatório)

Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Rossoni, durante a sessão plenária nesta terça-feira (18).
A Assembleia Legislativa promoveu nesta terça-feira (18) uma audiência pública para discutir “O Combate à Obesidade no Paraná – Plano de Ação 2015/2018”. O evento – que foi uma proposição do deputado Ney Leprevost (PSD), com o apoio do médico especialista em obesidade, Caetano Marchesini – teve o objetivo de discutir ações integradas para reduzir o avanço da doença entre jovens, adultos e, principalmente, crianças.

O deputado Ney Leprevost falou aos participantes da audiência sobre o projeto de lei de sua autoria e que prevê instituir um programa de prevenção à obesidade denominado “Paraná Mais Leve”.  “O projeto está aberto para contribuições de todas as entidades médicas e especialistas que tiverem o interesse em contribuir”, afirmou Ney. Segundo ele, o Brasil criou despropositadamente gerações com tendência à obesidade. “Agora precisamos reverter este quadro e, aqui na Assembleia, estamos trabalhando para isso”, declarou.

Plano de Ação – Entre algumas ações sugeridas para integrar o Plano de Ação para controle da obesidade estão campanhas de prevenção, educação alimentar nas escolas, estímulo de uma consciência crítica sobre doenças associadas à má alimentação, incentivo à prática esportiva, incentivo tributário para fabricantes e produtores de alimentos saudáveis, bem como a criação e um “selo saudável” para alertar os consumidores sobre os produtos calóricos e nutritivos e de baixa caloria.  “Estamos sugerindo que esta política seja implementada pelo Governo do Estado, com ações integradas entre diversas secretarias de Estado, estimulando a cooperação em níveis micro e macrorregionais e incluindo a participação de entidades e organizações médicas e da sociedade em geral”, explicou Marchesini. O médico também sugeriu a criação de uma Frente de Combate à Obesidade e de um projeto de lei com diferenciação tributária para alimentos saudáveis.

O representante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, César Luiz Boguszewski, falou sobre as principais morbidades relacionadas à obesidade e sobre os tipos de tratamento farmacológico.  “A obesidade possui influências ambientais e comportamentais e um grave problema médico e que envolve diferentes especialidades”, destacou.  Ele apresentou dados de que, no Paraná, a doença atinge 1,93 milhões de pessoas. Outros 5,62 milhões de paranaenses estão com sobrepeso e 332 mil paranaenses possuem obesidade mórbida. 

Nutrição – A professora e pesquisadora do departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Regina Maria Vilela, acredita que só com a ação do poder público será possível apoiar a população para o aumento do consumo de alimentos saudáveis e nutritivos e diminuição de alimentos industrializados ricos em gorduras, açúcares e sal.

“A alimentação brasileira é uma das mais ricas e variadas do mundo. No entanto, não é valorizada pelo seu povo. O brasileiro está desperdiçando um patrimônio sem igual, substituindo o arroz e o feijão – alimentos completos em aminoácidos, proteínas, fibras e de baixa densidade calórica – pelos sanduíches”, avalia Regina Vilela.

Governo – A chefe do Departamento de Promoção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), Maria Cristina Fernandes Ferreira, apresentou ações para controle da obesidade adulta e infantil e falou sobre o acesso público à realização de cirurgia de redução de estômago no âmbito da SESA.

Já o professor Dartagnan Pinto Guedes, da Secretaria de Estado dos Esportes, explicou o funcionamento do programa Paraná Saudável e trouxe dados estatísticos apurados pela entidade. “Analisamos o excesso de peso entre jovens de 12 a 18 anos nas escolas públicas do Paraná. Foram avaliadas as amostras de 17 mil alunos de 361 escolas, em 94 municípios de todos os 32 Núcleos Regionais de Educação do Estado. O relatório constatou que 22,8% dos estudantes paranaenses estão com excesso de peso e destes, 16% apresentaram índices de sobrepeso”, confirmou o professor.

Um dos mais renomados especialistas em obesidade, o médico paranaense João Batista Marchesini, que desde 1972 atua na área, acredita que o debate envolvendo diversas entidades é importante para a profilaxia da obesidade. “Esta discussão traz benefícios para a prevenção e o tratamento da obesidade”, resumiu João Batista.

Também participaram como palestrantes da audiência pública o presidente da Sociedade Paranaense de Cardiologia, Osni Moreira Filho; o presidente do Conselho Regional de Educação Física do Paraná (CREF9/PR), Antonio Eduardo Branco; e o ex-secretário de Esportes do Paraná e deputado federal eleito, Evandro Roman. O secretário de Estado do Esporte, Diego Gurgacz, também esteve presente na audiência que contou com a participação de representantes do Conselho Estadual de Psicologia, Conselho Estadual de Nutrição, Conselho Estadual de Psicologia, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado da Educação,  Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Conselho Regional de Educação Física do Paraná, Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sociedade Paranaense de Cardiologia, médicos, educadores físicos, nutricionistas, entre outros.



 

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